A inovação e o empreendedorismo são fundamentais para impulsionar o desenvolvimento econômico e social, criando novas oportunidades, solucionando problemas e transformando ideias em realidade. Além disso, podem contribuir para a geração de empregos, a melhoria da qualidade de vida das pessoas, a promoção da sustentabilidade e o avanço tecnológico. Esses fatores são essenciais para o crescimento e o progresso das empresas e das sociedades em geral.
Daiane Mulling Neutzling: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
Marcelo Amaral: (Mestr Prof em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin - MPA/PPGA / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Vânia Maria Jorge Nassif: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
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Professora Pesquisadora da Escola de Gestão e Negócios (EGN) da UNISINOS (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) e atualmente coordenadora do Programa de Pós-graduação em Administração (PPGAdm).
Gabriel Marcuzzo do Canto Cavalheiro: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Henrique Machado Barros:
Fábio de Oliveira Paula: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
O valor das empresas é influenciado pela capacidade de gerar inovações, assim como criar mecanismos efetivos para se apropriar do valor as mesmas (Laursen & Salter, 2014). Dessa forma, a proteção dos ativos de propriedade intelectual (PI) tornou-se primordial na atual sociedade do conhecimento (Castells, 2000; Lall, 2003), sendo o principal mecanismo formal de apropriação de inovações (Hall et al., 2014). Assim, empresas atuantes em setores altamente competitivos precisam construir robustos portfólios de ativos de PI (marcas, patentes, desenhos industriais e direitos autorais), para promover a competitividade (Drivas et al., 2016). Ademais, as universidades brasileiras têm demonstrado um engajamento cada vez maior com PI, sendo atualmente as organizações nacionais com o maior número de depósitos de pedidos de patente. Tendo em vista a crescente importância dos intangíveis e um contexto mais frágil da garantia da PI em países emergentes como o Brasil (Cuervo-Cazurra & Rui, 2017), o estudo deste tema é relevante para o contexto nacional. Ele envolve pesquisas relacionadas à gestão da PI e transferência de tecnologia, incluindo: prospecção tecnológica no campo da PI; monitoramento de tendências em registros de marcas; desafios da PI na transformação digital; avaliação dos impactos de indicações geográficas (IGs); estratégias para a transferência das inovações geradas pelas Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs); avaliação de políticas públicas de estímulo à proteção das criações; gestão de acordos de transferência de tecnologias oriundas das ICTs; avaliação do relacionamento de ICTs com empresas; avaliação de políticas públicas de estímulo à proteção das criações; avaliação da conveniência da proteção e divulgação das criações; atuação de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e ferramentas tecnológicas de apoio à gestão de PI e transferência de tecnologia. Adicionalmente, este tema também enfoca a análise do impacto da PI sobre ambientes promotores de inovação no setor acadêmico, empresarial, governamental e de organizações sociais.
Propriedade Intelectual; Transferência de Tecnologia; Inovação; Patentes; Marcas
Priscila Rezende da Costa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
ROBERTO CARLOS BERNARDES: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
Moacir de Miranda Oliveira Junior: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
A ascensão dos países em desenvolvimento como centros de inovação e sua nova nomenclatura para mercados emergentes têm ocupado lugar de relevância na agenda de pesquisa sobre estratégias de inovação, de P&D e de transformação digital. Os mercados emergentes têm propiciado às organizações vantagens dinâmicas para explorarem as mudanças digitais e os fluxos de oferta de recursos e conhecimento local, por meio de estratégias orientadas para a gestão da inovação. Pesquisas atuais em mercados emergentes evidenciaram que muitas inovações surgiram de modo pioneiro nestes mercados, em empresas nativas ou subsidiarias estrangeiras locais para, depois, serem comercializadas e adotadas com sucesso nos mercados avançados (Von Zedtwitz et al., 2015; Lee et al., 2020; Ekman et al., 2021). Estudos recentes também exploraram a transformação digital em mercados emergentes e avançados, abordando, especificamente, o impacto das tecnologias digitais nas organizações (Wamba et al., 2018; Alberti-Alhtaybat et al., 2019; Bertello et al., 2020), os recursos e capacidades para explorar a transformação digital com sucesso (Ferraris et al., 2018; Muninger et al., 2019), bem como os aspectos mercadológicos (consumo) e comportamentais (aceitação, adoção e uso de tecnologias), que podem influenciar a transformação digital (Yeow et al., 2018; Tabrizi et al., 2019). Sendo assim, o objetivo deste tema é reunir estudos empíricos e teóricos associados às estratégias de inovação, de P&D e de transformação digital em organizações de mercados emergentes, indicando possíveis tópicos para submissão de artigos, tais como: inovação global, inovação reversa, inovação trickle-up, inovação frugal, internacionalização de startups e empresas digitais, inovação analítica, inovação disruptiva digital, smart digital innovation, gestão de modelos de negócios digitais, interconectividade das plataformas e ecossistemas digitais, uso das tecnologias digitais como estratégia ou recursos complementares, processos de inovação digital que geram propostas de valor mais dinâmicas, capacidades inovativas digitais, aspectos comportamentais da transformação digital, entre outros.
Inovações Típicas de Mercados Emergentes; Inovação Disruptiva Digital; Capacidades Inovativas Digitais; Plataformas e Ecossistemas Digitais; Aspectos Comportamentais da Transformação Digital
Luciana Maines da Silva: (Mestrado Profissional em Gestão Educacional / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
John Robert Bessant: (Business School / University of Exeter)
Tatiana Iakovleva: (Business School / Stavanger University)
O termo Responsible Research and Innovation (RRI) (Pesquisa e Inovação Responsável) surgiu em 2002, no 6th EU Framework Programme for Research and Technological Development (FP6), que é um conjunto de ações no nível da União Europeia para financiar e promover a pesquisa (Comissão Europeia, 2002). No documento a responsabilidade está atrelada a questões éticas (criação de redes entre organismos e atividades existentes, promoção do diálogo em um contexto global, conscientização, treinamento, pesquisa em ética em relação à ciência e tecnologia) e a incerteza, risco e princípio da precaução (análise e melhores práticas). Ao longo da última década, o conceito de inovação impulsionou grande parte da agenda de pesquisa europeia (Comissão Europeia, 2013).
A responsabilidade na pesquisa e inovação é motivada pela preocupação global com o planeta, seus recursos naturais, assim como uma sociedade justa e inclusiva (Nações Unidas, 2015). Essa preocupação diz respeito a governos, que podem agir através de políticas e regulamentos, mesmo que ainda estejam em fase de desenvolvimento (Scherer, Palazzo, & Baumann, 2006). Mas também diz respeito à iniciativa privada (Burget et al., 2016).
Na prática, a RRI visa moldar, manter, desenvolver, coordenar e alinhar processos, atores e responsabilidades existentes e inovadores relacionados à inovação e pesquisa, com o objetivo de garantir resultados de pesquisa desejáveis e aceitáveis (Stahl, 2013). Consiste, portanto, no desenvolvimento de novos produtos e serviços que combinam crescimento, desempenho e responsabilidade. Esta responsabilidade é dirigida aos clientes e usuários, bem como ao ecossistema como um todo (Pavie, & Carthy, 2015).
Ao considerar a inovação como um processo, a RRI denota uma orientação para antecipação, inclusão, capacidade de resposta e reflexividade (Van Oudheusden, 2014). Essas quatro dimensões implicam um compromisso coletivo e contínuo de ser (Stilgoe, Owen, & Macnaghten, 2013). A antecipação descreve e analisa os impactos – econômicos, sociais, ambientais ou outros -
Pesquisa e inovação responsável; Inovação responsável; Políticas públicas; Inovação; Pesquisa
Andrea Aparecida da Costa Mineiro: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Thiago Renault: (Curso de Mestr Prof em Gest e Estrat/Prog de Pós-Grad em Gest e Est/Inst de Ciênc Soc Aplic - MPGE/PPGE/ICSA / UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Adriana Ferreira de Faria: (Economia / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Com o advento da difusão de tecnologias associadas ao conceito de indústria 4.0, a dinâmica socioeconômica e empresarial enfrentam modificações (Schwab, 2019). A era da Quarta Revolução Industrial, da Economia Compartilhada e da Inteligência Artificial, começaram a afetar empresas, cadeias de suprimentos e todo o ecossistema. Este novo contexto exige a reformulação do papel dos governos e das instituições como um todo (Schwab, 2019).
Especificamente na dinâmica empresarial, os modelos e políticas regionais de inovação enfrentam mudanças com as tendências tecnológicas, implicando em novas configurações organizacionais (Aranguren, Magro, Navarro & Wilson, 2018). A tradicional metáfora da Hélice Tríplice (HT) formada pelas conexões entre atores das esferas da universidade-empresa-governo proposta por Etzkowitz e Leydesdorff (1995), vem se fortalecendo e incorporando novos modelos de geração de inovação, incluindo a sociedade (Hélice Quádrupla - HQ) e o meio ambiente (Hélice Quíntupla – 5H), como hélices importantes na dinâmica da inovação, especificamente nesse contexto de transformações tecnológicas (Etzkowitz & Leydesdorff, 1995; Carayannis & Campbell, 2009; Carayannis & Campbell, 2011).
As relações entre os atores da HT e Quádrupla refletem na emergência de mecanismos e ambientes de inovação, como as incubadoras de empresas, os parques científicos, tecnológicos e de inovação, os hubs de inovação, projetos de desenvolvimento econômico regional (arranjos e sistemas produtivos e inovativos locais), entre outros.
Este track estará recebendo artigos nas temáticas abaixo:
- Ambientes de inovação (ecossistemas; incubadoras de empresas; parques científicos, tecnológicos e de inovação; áreas de inovação; distritos de inovação);
- Mecanismos de proteção do conhecimento e transferência de tecnologia (escritórios de comercialização, núcleos de inovação tecnológica, entre outros);
- Sistemas de inovação (nacional/regional) e as abordagens da Hélice Tripla, Quádrupla e Quíntupla;
- O papel da sociedade civil organizada na inovação e no desenvolvimento econômico;
- O papel da universidade no século XXI, universidade empreendedora e
Hélice Tríplice; Hélice Quádrupla; Hélice Quíntupla; Ambientes de Inovação
ALSONES BALESTRIN: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
LEONARDO AUGUSTO DE VASCONCELOS GOMES: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Paola Rücker Schaeffer: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin / ATITUS - Atitus Educação S/A)
Os ecossistemas de inovação e empreendedorismo têm ganhado proeminência entre pesquisadores e formuladores de políticas públicas pela capacidade de gerar empregos, riqueza e desenvolvimento tecnológico. Os ecossistemas de inovação (ADNER; KAPOOR, 2010) e empreendedorismo (ISENBERG, 2010) têm raízes históricas na discussão sobre ecossistemas de negócios (MOORE, 1993). Enquanto os ecossistemas de inovação objetivam analisar a criação de valor distribuída entre atores autônomos, mas interdependentes que cooperam (ADNER, 2006), os ecossistemas de empreendedorismo buscam entender como diferentes elementos (infraestrutura, ciência e tecnologia, capital humano, dinâmica de negócios e dinâmica de mercado) se relacionam para impulsionar a atividade empreendedora (ALVES et al., 2019). Desde então, a utilização desses termos cresceu e emergiram críticas com relação à ambigüidade conceitual nas pesquisas, decorrentes essas da variação na definição de limites e níveis de análise dos fenômenos (RITALA; GUSTAFSSON, 2018). Além disso, os conceitos têm recebido críticas pela falta de consistência teórica e de evidências empíricas (GOMES et al., 2018, 2021; OH et al., 2016; SCARINGELLA; RADZIWON, 2017). A diversidade de conceitos e aplicações empíricas que surgem neste âmbito evidencia os desafios teóricos e metodológicos da área e destaca as oportunidades de pesquisas futuras, principalmente em países emergentes. Assim, este tema congrega estudos teóricos e empíricos que contemplem:
Ecossistemas de Inovação; Ecossistemas de Empreendedorismo; Atores; Orquestração; Políticas públicas
Silvio Bitencourt da Silva: (Mestrado Profissional em Direito da Empresa e dos Negócios / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Luiz Carlos Di Serio: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Glessia Silva: (Programa de Mestrado Acadêmico em Administração da Universidade Federal de Sergipe - PROPADM/SE / Universidade Federal de Sergipe - UFS)
Além do cenário nacional, é preciso considerar que a inovação e o empreendedorismo possuem relevância prática e teórica em todo o mundo (BERRY; BERRY, 2018).
Numa perspectiva prática, a inovação é o pilar das economias mais desenvolvidas do mundo, a exemplo da Suiça, em 1º e 5º lugar, da Suécia, em 2º e 8º lugar, e dos Estados Unidos, em 3º e 2º lugar, respectivamente nos rankings de inovação e de competitividade (GII, 2019; WEF, 2019); assim como o empreendedorismo, com aproximadamente 99% de pequenos negócios no mundo (North, 2020) e contribuição desses negócios entre 20% e 50% do PIB na maioria dos países (GEM, 2020) e cerca de 60% dos empregos no mundo (GEM, 2020; SBA, 2019). Ainda assim, tanto economias desenvolvidas como economias em desenvolvimento estão sendo desafiadas a traçarem estratégias voltadas a políticas públicas de inovação e de empreendedorismo mais efetivas e alinhadas com os anseios de seus cidadãos (AUDRETSCH; MOOG, 2020).
Numa perspectiva acadêmica, a literatura internacional que trata de políticas públicas de inovação e de empreendedorismo ainda precisa avançar sobre a efetividade e o contexto que envolve essas políticas (BRAUNERHJELM, 2021), como os discursos por trás das políticas públicas afetam os propósitos de desenvolvimento de cada país (PORTER, 1998; AUDRETSCH; MOOG, 2020), bem como sobre o caráter local dessas políticas no processo de implementação (ROPER, LOVE, BONNER, 2017).
Há diversas contribuições sobre políticas de inovação e de empreendedorismo que precisam ser investigadas e debatidas, para criar subsídios para os formuladores de políticas públicas em um momento em que muitas estão em revisão por conta do seu período de vigência e das perspectivas dos atuais governos para alavancar o desenvolvimento econômico e social de longo prazo, e para os pesquisadores debruçados em avançar na discussão que trata de políticas públicas de inovação e de empreendedorismo.
políticas públicas; inovação; empreendedorismo; desenvolvimento; competitividade
Edmilson de Oliveira Lima: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
ROSE MARY ALMEIDA LOPES: (N/A / ANEGEPE) - (Vice-Presidência / ANEGEPE Associação Nacional de Estudos de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas)
Adriana Backx Noronha Viana: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Nos tempos atuais, o empreendedorismo e as inovações frequentemente acontecem em situações de imprevisibilidade e restrição de recursos, também empregando tecnologias digitais, como a internet. São situações que tendem a exigir principalmente o emprego dos recursos já à disposição, mesmo que escassos e pouco adequados, retirando-se deles o melhor/maior efeito desejado possível. Em outras palavras, fazer muito com pouco e usar a abordagem da frugalidade (Michaelis et al., 2020) têm se disseminado como modos para se empreender e inovar, ainda mais frente a crises, como se vê com a pandemia de Covid-19 (Epler e Leach, 2021; Kuckertz et al., 2020; Nelson e Lima, 2020; Kwong et al., 2019; Tsilika et al., 2020). Dentre os modos de engenhosidade frugais para a inovação e o empreendedorismo, destacam-se a effectuation (Sarasvathy, 2001; Sarasvathy et al., 2020) e a bricolagem (Baker e Nelson, 2005), como descreveram Michaelis et al. (2020).
Empreender e inovar com meios digitais têm sido comum (Zaheer et al., 2019), em particular para superação da crise de Covid-19. Um exemplo disso foi a corrida de transição digital para vendas online com delivery nos negócios limitados para receberem clientes durante o afastamento social na pandemia. A transição digital ou adaptações digitais têm se mostrado como solução para aumento de vendas e diminuição de custos, importantes soluções frente a crises (Dwivedi et al., 2020; Kuckertz et al., 2020; Papadopoulos et al., 2020). Esses processos ganham ainda mais impulso porque as tecnologias digitais se tornam mais acessíveis (Allen, 2019; Nambisan, 2017), inclusive na base da pirâmide.
No Brasil, a pesquisa sobre os temas propostos na presente chamada é reduzida, precisando de ampliação e aperfeiçoamento. Portanto, esta chamada visa a gerar troca de novos conhecimentos sobre os temas aqui focados produzindo contribuições úteis para aperfeiçoar pesquisas e práticasquanto a eles.
Empreendedorismo; inovação; meios digitais; effectuation; frugalidade
Aurora Carneiro Zen: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Bibiana Volkmer Martins: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Sílvio Luís de Vasconcellos: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Esta proposta traz o debate sobre diferentes perspectivas de redes sociais e as implicações da criatividade e do fluxo de conhecimento no empreendedorismo e inovação. Esse tema é crítico para o sucesso de empreendimentos inovadores que dependem de quão bem os atores são capazes de adaptar proativamente suas redes e lidar com as consequências da rotatividade. As redes sociais se desenvolvem a partir de trocas formais e informais entre os atores, sendo fundamentais para que empreendedores e gestores identifiquem novas oportunidades e organizem sua rede de acordo com suas necessidades (JOHANNISSON; HUSE, 2000). A posição de indivíduos e firmas em redes impacta na geração de ideias criativas (WALSH; KNOTT; COLLINS, 2021)e na criação de empresas (STUART; SORENSON, 2005). Estudos sobre redes de empreendedores focam nas suas relações ou laços com outros indivíduos ou organizações, comportando-se como agentes da firma (ANDERSON; MILLER, 2003; BATJARGAL, 2003; SHANE; CABLE, 2002). Seus laços iniciais influenciam as decisões econômicas do novo empreendimento, como resultado de estarem imersas nas relações sociais do empreendedor (GRANOVETTER, 1973). Além disso, laços adormecidos, quando reconectados, podemser fonte de conhecimento e capital social, valiosos (Walter et al., 2015). Esses nós fracos originam informações não redundantes que permitem o desenvolvimento e a diferenciação (GRANOVETTER, 1973), nutrem a criatividade (PUCCIO; CABRA, 2012) e oportunizam a inovação. Assim, este tema congrega estudos teóricos e empíricos que contemplem, por exemplo:
Dinâmica de laços adormecidos e reconectados e o impacto para a inovação das empresas.
Redes Sociais; Fluxos de Conhecimento; Criatividade; Inovação; Empreendedorismo
Henrique Cordeiro Martins: (Programa de Doutorado e Mestrado em Administração/PDMA / FUMEC - Universidade FUMEC)
A atividade empreendedora e o processo empreendedor apesar de amplamente debatidos e pesquisados, permanecem como objeto de interesse de pesquisadores, profissionais e acadêmicos. Esse interesse diz respeito à ausência de modelos definitivos que possam explicar e orientar a criação de negócios de sucesso. A literatura recente tem enfatizado a importância de se reconhecer a diversidade das iniciativas e do valor dos diferentes tipos de empresas para a construção de um ambiente saudável em termos econômicos, sociais e ambientais (Morris, Neumeyer & Kuratko, 2015), não raro apontando a atividade empreendedora como um processo complexo (McMullen & Dimov, 2013).
Dessa forma, o contexto adquire relevância (Baker & Welter, 2018), como aqueles observados em economias em desenvolvimento, que exibem ausência de cultura empreendedora, falta de disposições legais que fomentem o empreendedorismo, escassez de recursos – como acesso à crédito e financiamento -, além de ausência de cooperação entre empreendimentos locais e organizações âncoras – como universidades e empresas privadas já estabelecidas – o que não contribui para a atividade empreendedora (Cao & Shi, 2020). No caso de regiões periféricas ou que estejam passando por crises econômicas, por exemplo, o empreendedor terá em sua rede social mais íntima, o núcleo familiar, o sustentáculo para o acesso à recursos (Benneworth, 2004), construindo seu empreendimento com “o que quer que esteja em mãos” (Baker & Nelson, 2005, p. 330). Dessa forma, compreende-se que condições macro ambientais irão influenciar a atividade empreendedora, incluindo-se aspectos socioeconômicos e ecológicos (Wiklund, Wright & Zahra, 2019).
Cabe a pesquisa em empreendedorismo, então, debater alternativas e possíveis soluções aos “grandes desafios”, como a pobreza, minorias, desigualdade, poluição, mudanças climáticas, avanço e efeitos colaterais da digitalização e demais questões de intensa relevância atual (Berger, Von Briel, Davidsson & Kuckertz, 2019; Ricciardi, Rossignoli & Zardini, 2021). Mantendo-se o impacto alcançado pela pesquisa em empreendedorismo
Empreendedorismo sustentável; Empreendedorismo de minorias; Negócios periféricos; Novas práticas empreendedoras; Empreendedorismo em ambientes turbulentos
Graziela Dias Alperstedt: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Ana Clarissa Matte Zanardo dos Santos: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
Suzanne érica Nóbrega Correia: (PPGA / Universidade Federal de Campina Grande)
Os desafios econômicos, políticos e ambientais da atualidade têm mobilizado diferentes atores em âmbito local, regional e nacional, assim como em escala global. Apesar da aparente consciência sobre os problemas socioambientais vivenciados, poucas análises têm sido empreendidas a respeito de inovações sociais e seus ecossistemas em termos de teorias, características e impactos (PRADEL MIQUEL; GARCÍA CABEZA; EIZAGUIRRE ANGLADA, 2013). A partir de um conceito abrangente de inovação social (DOMANSKI; HOWALDT; KALETKA, 2020), este tema se propõe a discutir as inovações sociais operadas por organizações no contexto urbano. Nesse sentido, busca discutir a inovação social e sua relação com a mudança e a transformação social, a partir de suas consequências em nível local, destacando a perspectiva multissetorial. Interessa a este tema o resultado de pesquisas sobre inovações sociais, ecossistemas de inovação social e suas consequências nas cidades, assim como as respostas coletivas direcionadas à capacidade dos diferentes atores de desenvolver práticas socialmente inovadoras. A abordagem dos Ecossistemas de Inovação Social (EIS), da governança para a sustentabilidade e sua influência na promoção de cidades mais sustentáveis é central nessa agenda de pesquisa e também na prática da inovação social (KALETKA; MARKMANN; PELKA, 2016; ALIJANI et al., 2016; HODSON; KAIKA, 2017; HOWALDT et al., 2018; 2019; ANDION; ALPERSTEDT; GRAEFF, 2020).
O tema convida os autores a submeterem seus artigos sobre os seguintes tópicos, mas não restrito a eles:
- Discussão sobre paradigmas e teorias de Inovação social;
- Experiências de inovação social e ecossistemas de inovação social em cidades;
- Inovação social e Governança para a sustentabilidade;
- Inovações sociais multissetoriais;
- Inovação social e Mudança social;
- Temas relacionados.
Inovação Social; Ecossistemas de Inovação Social; Sustentabilidade; Mudança Social
Joysi Moraes: (Mestr Prof em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin - MPA/PPGA / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Jairo de Carvalho Guimaraes: (Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas (PPGPP) / Universidade Federal do Piauí - UFPI)
Um dos determinantes do desenvolvimento econômico de um país é seu capital humano e, para tanto, o desenvolvimento de competências empreendedoras tem sido reconhecido pelos sistemas educacionais de muitos países como elemento central na formação desse capital. No âmbito da educação, a competência deve identificar o que uma pessoa necessita para responder aos problemas aos quais será exposta ao longo da vida (Zaballa e Arnau, 2014).
Para desenvolver tais competências, o que se constata é a introdução da educação para o empreendedorismo, da educação básica ao ensino superior, indo além do foco na criação de empresas. No Brasil, a educação para o empreendedorismo, do ponto de vista das políticas públicas, passou a fazer parte da agenda, formalizada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O propósito é providenciar meios para que as pessoas possam desenvolver habilidades e competências que possibilitem sua atuação em atividades cada mais complexas (Almeida e Packard, 2018). Fundamental estar atento ao ecossistema educacional que envolve da promoção de metodologias ativas de aprendizagem, formação de educadores, parcerias universidade-escola para facilitar o processo de ensino-aprendizagem que promoverá o desenvolvimento gradativo de aquisição e habilidades e competências necessárias à vida em sociedade.
Este tema congrega estudos teóricos e empíricos de artigos que examinam, sem exclusão de outras possibilidades no escopo desta chamada:
- Educação para o Empreendedorismo na Educação Básica e no Ensino Superior
- Práticas pedagógicas e organizacionais para o desenvolvimento da educação para o empreendedorismo
- Integração da Educação Profissional e da Educação para o Empreendedorismo
- Desenvolvimento de cursos para formação de educadores para o ensino do empreendedorismo
- Metodologias educativas para o empreendedorismo
- Ambientes de aprendizagem inovadores
- Práticas didático-pedagógicas orientadas ao Empreendedorismo para formação profissional integral
- Estudos e pesquisas sobre Empreendedorismo na Pós-graduação
- Casos de ensino em Empreendedorismo
Educação para o Empreendedorismo; Educação Empreendedora; Educação Básica; Ensino Superior; Competências Empreendedoras
Bruno Anicet Bittencourt: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Giancarlo Gomes: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplic – PPGAd/CCSA / FURB - Universidade Regional de Blumenau)
Lucas Bonacina Roldan: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
A Quarta Revolução Industrial fortaleceu a importância da cultura e das competências técnico, funcional e relacional que devem ser aprimoradas durante todos os anos de estudos. Além disso, as competências genéricas que permitem uma participação bem-sucedida em processos de inovação e empreendedorismo são muito valorizadas. A importância das inovações fica clara, pois as empresas e organizações procuram continuamente funcionários inovadores. As empresas precisam de inovações para criar competitividade e o setor público para produzir serviços de alta qualidade e com boa relação custo-benefício (Keinänen e Kairisto-Mertanen, 2019). Dessa forma, são necessários profissionais que sejam capazes de participar dos processos de inovação e que possam contribuir para a criação de inovações (Hero e Lindfors, 2019). No entanto, “o papel do ensino superior não é apenas formar alunos de graduação para trabalhos futuros, mas também treinar futuros funcionários para realizar tarefas de trabalho, que então geram inovações” (Keinänen e Kairisto-Mertanen, 2019, p. 17). Assim, isso impõe desafios às formas de educar, uma vez que precisamos de mudanças em todas as etapas principais da educação: planejamento, implementação e avaliação dos resultados de aprendizagem (Lappalainen, 2018).
Cada vez mais discussões sobre como preparar pessoas e ambientes para se tornarem mais inovadores e empreendedores vêm ganhando espaço no contexto acadêmico e gerencial.
Nesse track, discutiremos papers centrados em diferentes aspectos de pesquisa relacionados ao lado técnico, funcional e relacional da inovação. Serão aceitos ensaios teóricos e trabalhos empíricos sobre os seguintes tópicos:
competências; capacidades de inovação; cultura para inovação; educação empreendedora; liderança para inovação
Cleidson Nogueira Dias: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Marcelo Fernandes Pacheco Dias: (Desenvolvimento Territorial e Sistemas Agroindustriais / Universidade Federal de Pelotas)
Jose Elenilson Cruz: (Agronegócio / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (Gestão Pública / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB))
O agronegócio é um setor economicamente pujante, complexo e diversificado, cujo Brasil tem liderança mundial, como, por exemplo, na produção de soja, milho, laranja, cana-de-açúcar, café, gado e aves (IBGE, 2017) e no abastecimento da população global. Nesse contexto, iniciativas empreendedoras e inovadoras são essenciais para soluções nos níveis da unidade de produção e dos sistemas agroindustriais. O avanço no conhecimento sobre Inovação e Empreendedorismo no agronegócio tem relevância acadêmica e prática, tanto que o SemeAd/FEA/USP abriu espaço exclusivo para esse debate. A ANPAD pode contribuir ainda mais no fomento dessa discussão nos PPGs de administração, contabilidade e afins, bem como nos PPGs de mestrado/doutorado em agronegócios e nos diversos cursos superiores de bacharelado e de tecnologia neste tema.
O objetivo da proposta é contribuir para o avanço do conhecimento nas várias dimensões da inovação e do empreendedorismo no contexto do agronegócio. Para isso, encorajamos contribuições que abordem, mas não se limitem aos seguintes tópicos:
inovação; empreendedorismo; tecnologia; agronegócio; sustentabilidade
Dennys Eduardo Rossetto: (BBA, M.Sc., and Ph.D. Program in Global Business / SKEMA Business School • Université Côte d’Azur (GREDEG)) - (EGADE Business School / Tecnológico de Monterrey)
Edson Sadao Iizuka: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
O objetivo deste tema é examinar novos métodos, técnicas e processos que permitam o desenvolvimento metodológico de pesquisas no contexto da gestão da inovação e do empreendedorismo. Encorajamos contribuições que explorem a associação de métodos distintos, métodos multi-métodos ou que abordem, mas não se limitem aos seguintes tópicos: (1) Especificidades da gestão da inovação e/ou empreendedorismo para o desenho metodológico e teórico: Como métodos existentes e emergentes podem contribuir para o avanço teórico e analítico para os estudos no campo da Inovação/empreendedorismo? Ou ainda, como novos métodos podem ser aplicados no ensino de inovação e empreendedorismo? (2) Pesquisa Interdisciplinar: Como métodos de outras áreas do conhecimento podem contribuir com os estudos de gestão da inovação e/ou do empreendedorismo? Avanços da ciência cognitiva, de análise, simulação e inteligência computacional que podem ser aplicados ao estudo da inovação e/ou do empreendedorismo; (3) Novas unidades e níveis de análise na gestão da inovação/empreendedorismo: Que tipo de desafios e oportunidades metodológicas existem quando se estudam formas de organização como ecossistemas de inovação ou ecossistemas empreendedores? Como podemos estudar questões de gestão da inovação e/ou de empreendedorismo quando estão envolvidos um grande número de atores ou informações? (4) Questões de mensuração na pesquisa em gestão da inovação e/ou empreendedorismo: Como podemos medir os conceitos aparentemente intangíveis usados na pesquisa em gestão da inovação e/ou em empreendedorismo? (5) Metodologias, técnicas, ferramentas, métricas e impacto prático: Como podemos utilizar métodos que permitam uma melhor comunicação dos resultados para que sejam compreendidos fora da academia? Como podemos combinar métodos de pesquisa rigorosos com relevância prática ao mesmo tempo? (6) Metodologias e técnicas de coleta, limpeza de dados, normalização, processamento e análises para pesquisa e produção científica no campo da inovação e do empreendedorismo.
Novas Metodologias de Pesquisa; Técnicas Avançadas de Análise; Ciência Digital Aplicada a Inovação; Análise Quali-Quanti; Simulação em Rede
Simone Vasconcelos Ribeiro Galina: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações - PPGAO / FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo)
Ana Valéria Carneiro Dias: (Mestrado Profissional em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual/ Doutorado em Inovação Tecnológica e Biofarmacêutica / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Iraci de Souza João Roland: (Programa de Mestrado Profissional Interdisciplinar em Inovação Tecnológica / Universidade Federal de São Paulo)
Novos temas relacionados a diversos modos de descontinuidades - como mudanças tecnológicas, interrupções institucionais e desafios globais da sociedade - emergem, comportando-se como alavancas de transformação de setores, geração de novos negócios e novas epistemologias. É importante entender peculiaridades do gerenciamento da inovação (GI) geradas por eles.
● Novos padrões de relações entre ambiente e organizações são estabelecidos, configurando-se em contextos emergentes que impactam o GI. Por exemplo, a relação entre o processo de financeirização e o GI (Lazonick, Mazzucato, 2013) é pouco explorada. Que condicionantes o capitalismo financeirizado aporta para o GI? Ademais, a inovação transformativa possibilita enfrentar desafios globais como sustentabilidade e inclusão (Schot e Steinmueller, 2018), que foram potencializados com a pandemia, levando à alteração do desenvolvimento tecnológico nos sistemas nacionais de inovação (Guderian et al., 2020). Quais são as tendências em políticas para inovação transformativa? Quais são as habilidades necessárias para envolver diferentes atores na inovação transformativa? Como a inovação foi gerenciada para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de enfrentamento da pandemia em instituições públicas e privadas?
● A gestão das relações inter e intra-organizacionais demanda maior compreensão para a superação de descontinuidades. Como as organizações superam o desafio da colaboração a longa distância? Como a substituição/sobreposição (Hansen, 2015) influenciam as relações entre parceiros com distâncias geográficas e não-espaciais? Como sustentar mecanismos de interação universidade-empresa com alta intensidade relacional que possibilitem a cocriação de conhecimento (Perkmann et al., 2013; Rossi et al., 2017)?
● Disrupções promovem mudanças nas organizações. Como as organizações desenvolvem capacidades para lidar com tendências tecnológicas? Como compreender o trabalho em atividades de inovação? A ambidestria (Gibson e Birkinshaw, 2004) favorece o GI?
● Epistemologicamente, como abordagens críticas e interpretativas (e.g. inovação como processo e prática complexa e performativa - Garud et al., 2018; Langley et al, 2013) podem contribuir para o GI?
descontinuidades; mudanças tecnolgóicas; interrupções institucionais; desafios globais; novas epistemologias
DANIEL PAULINO TEIXEIRA LOPES: (Prog de Pós-Grad em Admin - PPGA / CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais)
Ana Luiza Lara de Araújo Burcharth: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral) - (Msc. Innovation Management / Aarhus University, Denmark)
Janaina Ruffoni: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
É crescente o interesse de pesquisadores e praticantes na criação, adoção e desenvolvimento de estruturas, métodos e técnicas de gestão da inovação no ambiente organizacional (Hidalgo & Albors, 2008). A gestão da inovação diz respeito ao modo como as organizações lidam com a criação, difusão ou adoção de inovações.
Ainda que os estudos sobre inovação sejam caracterizados pela interdisciplinaridade, tradicionalmente, o entendimento da gestão da inovação esteve fortemente relacionado à gestão da inovação tecnológica. Contudo, para se compreender as diversas nuanças da gestão da inovação, trabalhos clássicos (Van de Ven, Angle, & Poole, 2000; Joe Tidd, 2001; Utterback, 1994) e recentes (Damanpour, 2020; OECD, 2018; Škudienė, Li-Ying, & Bernhard, 2020; J. Tidd & Bessant, 2018) apontam aspectos que vão do estratégico ao operacional, do incremental ao disruptivo, da concepção à mensuração, do fechado ao aberto, além de modos de lidar com inovações que vão das tecnológicas às não tecnológicas. Para Silva, Bagno, and Salerno (2014, p. 488) a gestão do processo de inovação deve ir além da representação visual de um modelo, devendo estar calcadas em “bases conceituais sólidas acerca de seus limites, objetivos, contexto competitivo e estratégico, e parâmetros organizacionais”.
Em meio ao surgimento de modelos, ferramentas e métodos de apoio aos processos decisórios em inovação, o objetivo deste tema é revelar diferentes perspectivas e abordagens da gestão da inovação e suas implicações no ambiente organizacional. Trabalhos no tema podem incluir abordagens conceituais e empíricas, tanto quantitativas como qualitativas, sobre:
- Ferramentas emergentes de gestão da inovação in-house e aberta, em contextos privados e públicos, resultando em inovação tecnológica, gerencial e/ou social;
- Integração da gestão da inovação às estratégias e aos processos decisórios nos mais variados arranjos organizacionais;
- Visão comparativa da aplicação de ferramentas de gestão da inovação em geografias, setores e portes de organização diversos.
Gestão da inovação; Processo de inovação; Modelos de inovação; Estratégia de inovação; Tipos e intensidades de inovação; Inovação organizacional