A Divisão de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo (ITE) é uma das mais vibrantes e maiores comunidades da ANPAD. Historicamente, os seus membros tem contribuído de forma singular para avançar as fronteiras do conhecimento e das práticas em inovação, tecnologia e empreendedorismo. Com um rico enfoque metodológico e com o emprego de diferentes lentes teóricas, a comunidade vem auxiliando a decifrar e construir um profundo entendimento sobre como os indivíduos, organizações, redes (ou ecossistemas) e países lidam com a inovação e o empreendedorismo para gerar prosperidade. As grandes conquistas dessa comunidade tem se refletido nos eventos da ANPAND e na crescente inserção internacional de seus membros. Esses feitos também pavimentaram o caminho para novos desafios. Grandes tendências e desafios como crise climática, desigualdade social, tecnologias digitais, ecossistemas, entre outras, convidam os pesquisadores e pesquisadoras a oferecer novas respostas para antigas perguntas assim como abordar novas perguntas. Precisaremos, mais do que nunca, que os membros da ITE gerem ideias mais criativas, inovadoras e radicais, para desafiar teorias existentes e estabelecer novos entendimentos. A comunidade que contribui para transformar a inovação, tecnologia e empreendedorismo no Brasil também se transforma. Novos membros podem encontrar aqui o ambiente ideal para experimentar, compartilhar conhecimentos e desenvolver as suas habilidades.
Paola Rücker Schaeffer: (Programa de Pós-Graduação em Gestão e Negócios - PPGN / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
José Augusto Lacerda Fernandes: (PPGGP/NAEA / UFPA)
Priscila Rezende da Costa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Home Português › Fóruns › Geral
Home Português › Fóruns › ITE
Lattes: http://lattes.cnpq.br/0402307660357722
Professor do PPGA/FEA/USP.
Cristina Dai Prá Martens: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Suzete Antonieta Lizote: (Prog de Pós-Grad em Administração - PPGA / UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí)
Pedro Henrique Mariosa: (PPGCASA - Programa de Pós Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade / UFAM - Universidade Federal do Amazonas) - (INC - Instituto Natureza e Cultura / UFAM - Universidade Federal do Amazonas)
Nos últimos anos, houve um considerável aumento no interesse por modelos de negócios que buscam mais do que apenas lucro financeiro, visando também causar impactos positivos na sociedade e no meio ambiente (Usman et al., 2022). Esses modelos, conhecidos como Negócios de Impacto Socioambiental (NIS) (Barki, Rodrigues & Comini, 2020), englobam diversas abordagens, como negócios sociais, inclusivos, da base da pirâmide, soluções de impacto social e empreendimentos sociais (Dees, 1998; Yunus et al., 2010).
Embora os NIS tenham surgido no início do século XXI, no Brasil eles são relativamente novos, geralmente operando por menos de cinco anos (Pipe.Social, 2021). Eles situam-se entre o segundo e o terceiro setor e têm como objetivo solucionar desafios sociais ou ambientais, utilizando métodos de negócios para gerar impacto positivo e sustentável (Koppell, 2003; Marins, 2019). Ainda que busquem sustentar suas operações e seu crescimento, enfrentam desafios únicos. Suas prioridades, valores, partes interessadas e métricas de sucesso são distintos dos negócios tradicionais, demandando uma abordagem particular.
Além dos NIS, há também iniciativas pontuais e temporárias desenvolvidas por empresas por meio de projetos (PMI, 2017) com propósito social e/ou ambiental. Projetos de impacto social, por exemplo, têm se voltado para a justiça social com o intuito de promover inovação social em áreas como finanças, saúde e educação (Dodescu et al., 2021; Villiers, 2021). As organizações, por meio de projetos, podem desempenhar um papel de facilitadoras do impacto positivo na sociedade (Reale, 2022).
Este tema convida ao desenvolvimento de artigos provenientes de pesquisas básica e aplicada, que permitam melhor compreender como o empreendedorismo, a inovação e as tecnologias podem ser usadas em benefício dos projetos e negócios de impacto socioambiental. Melhores práticas de gestão, ancoradas em teorias de empreendedorismo, inovação e tecnologias podem aprimorar seu desempenho e contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Negócios de impacto socioambiental (NIS); Projetos de impacto positiv; Impacto social e/ou ambiental; Empreendedorismo social; Inovação e tecnologias para o impacto
Ana Paula Franco Paes Leme Barbosa: (PRO - Poli Engenharia de Produção / USP - Universidade de São Paulo)
Anapatrícia de Oliveira Morales Vilha: (Ciências Econômicas / UFABC) - (Diretoria Científica / FAPESP)
ROBERTO CARLOS BERNARDES: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
Este tema de pesquisa tem como foco examinar os desafios e oportunidades da gestão da inovação em um contexto de rápidas mudanças tecnológicas e sociais, o qual iremos denominar de contexto crítico. À medida que novas tecnologias disruptivas, como
inteligência artificial (talvez a tecnologia mais profundamente disruptiva do último século), a digitalização, e a transição para a Indústria 5.0, transformam o ambiente competitivo, estudos que busquem compreender como gestão da inovação pode contribuir para as organizações se manterem relevantes e resilientes são necessários. Assim, a questão guia para esse tema é: Como a gestão da inovação pode contribuir para a organização enfrentar contextos críticos?
Sugerimos a seguir alguns temas, mas não nos limitados a eles:
● A coordenação da inovação em contextos disruptivos e críticos, como pandemias, e efeitos de mudanças climáticas, é um tópico que segue sendo relevante.
● Como empresas podem estruturar processos de inovação que incorporem práticas de resiliência, permitindo que projetos inovadores sejam mantidos ou ajustados mesmo em cenários adversos, com foco na sustentabilidade de longo prazo?
● As políticas orientadas por missões definem objetivos de impacto social, mobilizando recursos e atores para enfrentar desafios que vão além dos interesses de mercado e atendem a demandas da sociedade.
● O tamanho da empresa é um fator que influencia diretamente suas abordagens de gestão da inovação. Enquanto grandes empresas podem ter estruturas dedicadas à inovação e recursos para investir em tecnologias de ponta, as pequenas e
médias empresas muitas vezes dependem de soluções adaptativas e podem se beneficiar de ambientes colaborativos.
● Outro objeto de estudos que pode contribuir com o tema, são estudos em deep techs — empresas de base tecnológica que desenvolvem inovações com alto impacto científico e tecnológico.
Gestão da Inovação; Inovação radical; Tiopos de inovação; Incerteza
Andre Grutzmann: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras) - (Programa de Pós-Grad em Admin Pública - PPGAP / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Giana de Vargas Mores: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin / ATITUS - Atitus Educação S/A)
Agnieszka Radziwon:
Os complexos desafios postos às empresas demandam, cada vez mais, soluções criativas e sustentáveis. Entretanto, as estruturas tradicionais de organização podem trazer empecilhos que dificultam ou impedem novas propostas de valor. Assim, Ecossistemas de Inovação (EI) são formatos organizacionais para cooperação interdependente, principalmente, para criação de valor (Adner, 2006; Gomes et al., 2018). Por sua vez, o setor público ainda enfrenta dificuldades para contemplar estas novas configurações organizacionais nas políticas públicas. Portanto, além de avançar na diferenciação entre os ecossistemas de inovação e os de negócios, empreendedorismo e conhecimento (Scaringella, Radziwon, 2017; Cobben et al., 2022), é fundamental aprimorar as estruturas analíticas para os EI (Coletto et al., 2024). Assim, o presente tema conclama estudos que investiguem os aspectos abaixo, sem se limitar aos mesmos:
Ecossistemas de Inovação; Estruturas analíticas; Atores; Orquestração; Políticas públicas
Kadígia Faccin: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Luciana Maines da Silva: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos) - (Mestrado Profissional em Gestão Educacional / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Nas últimas décadas, o conceito de grandes desafios (GCs) incluem debates sobre a mudança climática, a desigualdade e crises globais de saúde, e exigem soluções inovadoras que transcendam os limites disciplinares e organizacionais tradicionais. Ao considerar a inovação como um processo, o foco se concentra nas dimensões-chave da Inovação Responsável.
Esperamos discussões que abordem, entre outros tópicos: a) Como o empreendedorismo pode ser uma força motriz na superação dos grandes desafios globais, integrando soluções sustentáveis desde a concepção até a implementação; b) Estratégias de inovação que integram princípios ESG para gerar valor sustentável e impacto positivo e c) iniciativas empreendedoras que foram guiadas por uma agenda de inovação responsável, visando enfrentar desafios globais específicos; d) estratégias para aumentar o diálogo público, a bioética, a integridade da pesquisa e a gestão de riscos são todos mecanismos que apoiam a governança da Inovação Responsável (IR). Esses mecanismos precisam estar alinhados e integrados para fornecer uma abordagem de governança coerente e legítima. Esse alinhamento pode ser alcançado por meio de abordagens como a Avaliação Construtiva de Tecnologia, que integra múltiplos níveis de governança para abordar políticas públicas (nível macro), pesquisa em laboratório (nível micro) e estruturas e práticas institucionais (nível meso); e e) estratégias, ferramentas e práticas alinhadas com a proposta do track.
O objetivo é reunir pesquisas que demonstrem uma interseção clara entre inovação, empreendedorismo, e uma abordagem consciente e ética aos desafios globais, fornecendo insights sobre como essas áreas podem se reforçar mutuamente para criar um impacto duradouro. Para tanto, as pesquisas direcionadas a este tema devem necessariamente estabelecer uma conexão clara e robusta entre os temas tratados e a proposta central da divisão.
Inovação Responsável; Grandes Desafios Globais; ESG; Inovação, tecnologia, empreendedorismo
Aurora Carneiro Zen: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Bibiana Volkmer Martins: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Frédéric Prevot: (Strategic Management / KEDGE Business School Bordeaux)
Os modelos de transição para sustentabilidade estão sustentados pelo entendimento de que as dinâmicas produtivas e até mesmo de sobrevivência como o aumento populacional e o desenvolvimento tecnológico e econômico, afetam o planeta de maneira profunda, passando a exigir objetivos, métricas e indicadores que orientem a busca pela sustentabilidade (Viola & Mendes, 2022). Como respostas a essas demandas alguns modelos foram desenvolvidos. Geels (2011) propôs uma abordagem multinível entendendo que as estruturas sustentam um paradigma e por elas pode-se chegar às soluções sustentáveis. Na busca pela transição para sustentabilidade, destacam-se também autores como Avelino e Wittmayer (2016), que focam no entendimento de que as relações entre múltiplos atores pode descrever interações em diferentes eixos (público-privado, com-sem fins lucrativos, formais-informais) permitindo entender quem sustenta as possíveis mudanças e inovações, identificando quem exerce poder nos processos de transição para a sustentabilidade. A promoção de ecossistemas de inovação tem sido utilizada por territórios e empresas como alternativa para conectar e engajar atores no enfrentamento desses grandes desafios (Nilsson e Ritzén, 2023) e na promoção do desenvolvimento sustentável (Xin, Miao e Cui, 2023). Esses atores são estruturados em redes e interagem de forma complexa, buscando equilíbrio entre interesses conflitantes e objetivos convergentes (Foss, Schmidt e Teece, 2023).
Este tema buscará explorar como os ecossistemas de inovação poderão influenciar na transição orientada à sustentabilidade. Contempla as temáticas:
Estudos comparativos entre o sul e o norte global na transição orientada à sustentabilidade.
Ecossistemas de inovação; Relações Interorganizacionais; Sustentabilidade; Transição; Desafios Globais
Edmundo Inácio Júnior: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)
Augusto de Castro Rocha: (University of Edinburgh/UK / University of Edinburgh)
Fernando Antonio Prado Gimenez: (Program de Pós-Graduação em Políticas Públicas / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
O tema proposto busca fomentar discussões conceituais, metodológicas e empíricas sobre a dinâmica dos ecossistemas empreendedores (EEs) e suas trajetórias futuras. EEs são redes complexas e interconectadas que incluem empreendedores, instituições, investidores e infraestrutura de apoio (BROWN; MASON, 2017; SPIGEL, 2017). Compreender sua evolução é crucial para possibilitar crescimento sustentável, inovação e desenvolvimento regional (WURTH; STAM; SPIGEL, 2021).
Com base em trabalhos seminais como ISENBERG (2010), que destaca a natureza sistêmica dos EEs, e SPIGEL (2017), que explora os aspectos sócio-materiais desses sistemas, este tema visa incentivar a pesquisa acadêmica que desvende as complexidades dos EEs, sua adaptabilidade e resiliência. Este tema promoverá a colaboração interdisciplinar, reunindo insights de empreendedorismo, desenvolvimento regional, estudos de inovação, entre outros. Convidamos discussões que expandam o potencial da metáfora do ecossistema (HARRISON; ROCHA, 2024), incentivando pesquisas que informem formuladores de políticas e stakeholders do ecossistema sobre estratégias de crescimento a longo prazo, adaptabilidade e sustentabilidade em cidades e regiões.
Os principais objetivos de pesquisa incluem compreender os mecanismos adaptativos dos ecossistemas, identificar fatores que promovem a saúde do ecossistema e explorar como a tecnologia e a circulação de recursos remodelam ecossistemas empreendedores em diferentes contextos.
Tópicos de interesse incluem, mas não se limitam a: Investigar como EEs se adaptam e se recuperam de choques econômicos, sociais e ambientais; Explorar o impacto das plataformas digitais, IA e blockchain nos EEs; Compreender como EEs podem melhor apoiar comunidades empreendedoras marginalizadas ou sub-representadas; Analisar as etapas de desenvolvimento e evolução dos EEs ao longo do tempo; Examinar o papel das políticas governamentais na formação e acompanhamento dos EEs; Avaliar como as colaborações transfronteiriças e redes globais influenciam EEs locais; Definir e medir o sucesso dos EEs além das métricas tradicionais; Examinar o papel dos recursos financeiros e não financeiros, incluindo como capital, conhecimento e talento.
Ecossistemas empreendedores; Desenvolvimento regional; Política de ecossistema; Fluxo financeiro; Evolução do ecossistema
Julio Araujo Carneiro da Cunha: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Escola de Comunicações e Artes - ECA / USP - Universidade de São Paulo)
Victor Silva Corrêa: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
O empreendedorismo e a inovação são motores do crescimento econômico e desenvolvimento social. Contudo, há um lado obscuro que projeta luzes para uma dimensão problemática, ainda pouco explorada nos estudos do fenômeno. Esta proposta temática se insere neste contexto, compreendendo: (1) Aspectos negativos do empreendedorismo, incluindo como a pressão por sucesso e crescimento pode levar a práticas antiéticas, além de abordar questões de saúde mental relacionada ao fracasso empresarial; (2) Riscos da inovação, incluindo os efeitos da inovação sobre desigualdades sociais e econômicas, além dos impactos ambientais adversos e oriundos de tecnologias (especialmente disruptivas); (3) Desafios de governança, controle e mitigação de riscos que refletem sobre a responsabilidade ética de empreendedores e inovadores; (4) Dilemas relacionados à quebra de regras e regulamentações a partir de modelos de negócios inovadores que resultam em desequilíbrio de mercado e práticas empresariais predatórias; (5) Impactos sociais, econômicos e ambientais negativos oriundos da implementação de novos negócios e inovações que afetam comunidades locais; (6) Relação entre inovação disruptiva e a obsolescência de empregos, além de suas implicações para o futuro do trabalho e das relações interpessoais; (7) Desigualdades resultantes do acesso restrito às alternativas inovadoras e à busca de democratização do acesso às tecnologias; (8) Políticas para regular práticas empresariais inovadoras e proteger os direitos das empresas e da sociedade civil, assegurando práticas éticas e sustentáveis no empreendedorismo; (9) Casos de inovações que se mostraram fraudulentas e manipulações de mercado que geraram consequências legais e reputacionais. A partir desse conjunto de subtemas, pode-se oferecer uma plataforma para discutir os desafios e riscos associados ao empreendedorismo e à inovação. Ao se considerar o lado obscuro dos fenômenos aqui apresentados, pode-se ter uma compreensão mais equilibrada da realidade, contribuindo para práticas empresariais mais responsáveis e sustentáveis.
Ética; Risco; Tecnologia; Desigualdade; Sustentabilidade
Ana Cláudia Azevedo: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Rafael Morais Pereira: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Bruno de Souza Lessa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
A dinâmica de empreendedorismo e inovação tem sido cada vez mais moldada por parcerias colaborativas, cuja complexidade crescente, seja em ecossistemas, clusters, redes ou em arranjos não ecossistêmicos, exige uma compreensão mais profunda de sua governança, implementação e avaliação dos resultados. Este tema convida contribuições que explorem como as organizações podem projetar, operacionalizar e avaliar o desempenho dessas colaborações, promovendo a co-criação de valor em diferentes níveis organizacionais.
Neste cenário, busca-se desenvolver uma compreensão holística para identificar como, quando, onde e o porquê determinados modelos de governança e operacionalização de relações colaborativas são mais eficazes do que outros. Este tema incentiva estudos de diferentes lentes teóricas que investiguem os desafios evolutivos das parcerias, incluindo desalinhamento de objetivos, assimetrias de recursos e capacidades, riscos de dependência, estabilidade da relação e distribuição desigual de valor. Essas questões são recorrentes em ecossistemas e outros arranjos colaborativos, envolvendo corporações nacionais e multinacionais, PMEs, empresas públicas e negócios sociais, em diversas fases de maturidade.
Os estudos podem abordar questões como:
Incentivamos submissões que adotem uma abordagem multinível (micro, meso e macro) e compreendam a complexidade da colaboração em diferentes formas organizacionais e contextos setoriais. Estudos baseados em dados empíricos, bem como artigos conceituais que ofereçam novos frameworks, são bem-vindos.
Parcerias; Governança; Colaboração multinível; Co-criação de valor
Simone Vasconcelos Ribeiro Galina: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações - PPGAO / FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo)
Iraci de Souza João Roland: (Programa de Mestrado Profissional Interdisciplinar em Inovação Tecnológica / Universidade Federal de São Paulo)
Stelvia Matos: (Reino Unido / Surrey Business School)
Consideramos “Sul Global” aquelas regiões frequentemente marginalizadas política ou culturalmente, que ocupam posições periféricas de poder geopolítico em decorrência da colonização europeia e seus impactos econômicos e sociais (Dados & Connell, 2012). Isso influencia a geração de conhecimento em gestão, que geralmente espelha interesses e abordagens teóricas de países desenvolvidos (Wanderley et al., 2021). Há uma recente valorização de soluções singulares do Sul Global (Sousa-Santos, 2015; Quijano, 2007), que muitas vezes, ocorrem a partir do resgate de conhecimentos e práticas tradicionais (ou pré-coloniais). Isso porque a adaptação de inovações eurocêntricas nem sempre constituem melhores inovações para as necessidades sociais locais. Essas devem ser construídas a partir do envolvimento de atores engajados no contexto local (Cajaiba-Santana, 2014). Assim, é relevante compreender perspectivas que levam a soluções inovadoras para o desenvolvimento social e econômico inclusivo e enfrentamento dos problemas que são encontrados na região. É importante dar visibilidade a histórias e casos no sul global. Isso oferece novas agendas para a gestão da inovação, que podem ser particularmente voltadas para as questões abaixo, mas não se restringem a elas:
Países em desenvolvimento; Sul Global; Grandes Desafios; Inovação inclusiva; Inovação sustentável
Bruno Anicet Bittencourt: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Giancarlo Gomes: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplic – PPGAd/CCSA / FURB - Universidade Regional de Blumenau)
Lucas Bonacina Roldan: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
O fator humano da inovação e do empreendedorismo tem se tornado cada vez mais central tanto na pesquisa acadêmica quanto nas práticas empresariais. Enquanto os estudos tradicionais nesses campos focam majoritariamente em organizações e ecossistemas, o entendimento do papel do indivíduo no processo de inovação e empreendedorismo tem ganhado crescente relevância. Como podemos capacitar indivíduos para serem mais inovadores e empreendedores? Quais competências devem ser desenvolvidas para estimular esses comportamentos? Além disso, como as organizações podem criar culturas que promovam e sustentem a inovação? Quais métricas podem ser utilizadas para avaliar comportamentos inovadores e empreendedores de maneira eficaz? E quais metodologias educacionais são mais eficazes para fomentar a inovação e o empreendedorismo?
Este track busca explorar pesquisas que examinem o lado humano e relacional da inovação e do empreendedorismo, acolhendo tanto ensaios teóricos quanto trabalhos empíricos. Os tópicos incluem, mas não estão limitados a:
Competências individuais; aprendizagem para inovação; cultura para inovação; educação empreendedora; intenção empreendedora
Daniela Callegaro de Menezes: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - (PPGAgro - CEPAN / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Paulo Henrique Montagnana Vicente Leme: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Jose Enrique Arias Perez: (Programa de Doctorado en Administración y Organizaciones / Universidad de Antioquia)
A transformação digital se apresenta como uma solução para as demandas das organizações nos diferentes setores econômicos e para a sociedade em geral. Inovações tecnológicas que envolvem IOT, Cloud Computing, Blockchain, Inteligência Artificial, Geotecnologias, entre outras, vêm proporcionando ganhos de custos, de eficiência e de competitividade para àqueles que adotam. Nesse sentido, ainda estamos buscando entender como as inovações digitais beneficiam os ambientes onde são aplicadas? No entanto, também existe um lado que merece atenção no que diz respeito aos impactos negativos da adoção dessas tecnologias. Mudanças comportamentais de comunidades que dependem do conhecimento tácito para se manterem produtivas, restrição no desenvolvimento da criatividade e capacidade analítica dos profissionais e futuros profissionais, surgimento de novas epidemias junto aos usuários, entre outros, são preocupações que extrapolam os ambientes organizacionais, mas que impactam diretamente nos ecossistemas de inovação. Portanto, também é relevante compreender, quais são os impactos negativos que as inovações digitais geram nos ambientes onde são aplicadas? Além disso, as tecnologias estão efetivamente acessíveis aos ecossistemas? Quais infraestruturas de mercados permitem que a inovação digital possa acontecer?
Tópicos de Interesse:
inovações digitais; impactos das inovações; transformação digital em ecossistemas; infraestruturas de mercado; digitalização
Brenno Buarque: (Campus Quixadá / UFC - Universidade Federal do Ceará)
DANIEL PAULINO TEIXEIRA LOPES: (Prog de Pós-Grad em Admin - PPGA / CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais)
Elias Pereira Lopes Júnior: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UFCA - Universidade Federal do Cariri) - (Programa de Pós-Graduação em Administração / UECE - Universidade Estadual do Ceará)
O uso e o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) têm sido acelerados nos últimos anos em diversos setores econômicos, se consolidando como uma importante ferramenta para a gestão. A IA também tem sido observada como questão de soberania nacional e objeto de estratégias nacionais (BRASIL, 2024). No contexto organizacional, a IA pode ser utilizado como ferramenta para suportar o gestor no processamento de informações em diversas áreas (Hafner, Wincent, Parida e Gassmann, 2021), como 1) geração e desenvolvimento de ideias; 2) coleta e análise de dados em sistemas de gestão; 3) reconhecimento de gargalos e proposição de soluções; 4) automatização de processos.
Mais especificamente, quando relacionamos IA com Gestão da Inovação, há um leque de oportunidades para pesquisadores e gestores da área se debruçarem sobre suas possíveis aplicações nas rotinas, práticas e pesquisas (Mariani, Machado, Magrelli, & Dwivedi, 2023; Paschen, Pitt, & Kietzmann, 2020; Roberts & Candi, 2024). O objetivo deste tema é explorar ferramentas, técnicas, práticas, perspectivas e abordagens da inteligência artificial aplicada à gestão da inovação, desde uma perspectiva prática quanto em aplicações em estudos acadêmicos da área.
Assim, é possível elencar possíveis áreas de estudos entre Gestão da Inovação e Inteligência Artificial, dentre elas:
Nota: este tema não contempla trabalhos que não estejam vinculados à área de Ciências Sociais Aplicadas.
inteligência artificial; ferramentas e métodos de gestão; tomada de decisão; análise de dados; transformação digital
Daiane Mulling Neutzling: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
Renata Peregrino de Brito: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Paola Schmitt Figueiro: (Curso de Mestrado Acadêmico em Administração / FEEVALE - Universidade Feevale)
O empreendedorismo surge como uma ferramenta para enfrentar os problemas mais urgentes da sociedade e passa a ser um catalisador de impacto positivo em termos de recuperação ambiental e justiça social.
Todavia, os empreendedores que atuam fora do eixo central do empreendedorismo tradicional enfrentam desafios significativos. Esta proposta evidencia pesquisas que abordam o empreendedorismo social (ES) e o microempreendedorismo (ME) voltado às periferias e camadas da Base da Pirâmide. Essas formas de empreendedorismo se apresentam como ferramentas eficazes para a interlocução de soluções voltadas à mitigação da pobreza e à inserção produtiva de populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica, promovendo sua participação ativa em atividades econômicas e fortalecendo o tecido social em regiões marginalizadas.
A proposta também busca englobar metodologias de pesquisa inovadoras neste campo, com ênfase na aproximação entre os pesquisadores e os contextos práticos de estudo. O papel ativo dos pesquisadores visando aprofundar a compreensão dos fenômenos e garantir que as abordagens teóricas e práticas estejam alinhadas às necessidades reais das comunidades e iniciativas estudadas. Assim, promove-se uma pesquisa mais participativa e transformadora que integra o rigor acadêmico com a vivência prática no campo de atuação.
Portanto, esse tema visa agregar trabalhos desenvolvidos nas seguintes vertentes:
- Desafios e oportunidades para o desenvolvimento do ES e ME de periferias, considerando o ambiente institucional, cultural e socioeconômico.
- Análise de aspectos comportamentais dos empreendedores, influência institucional e do contexto, efeitos da informalidade e do estigma das favelas/periferias sobre o desenvolvimento dos negócios.
- Análise de interseccionalidade e o efeito de gênero e raça nos desafios e oportunidades enfrentados pelos microempreendedores e empreendedores sociais.
- Estudos de monitoramento de intervenções e avaliação de impacto no âmbito do ME de periferia e do ES.
- Estudos sobre métodos e abordagens de pesquisa voltados ao ME de periferia e ES.
Empreendedorismo social; Microempreendedorismo de periferia; Base da Pirâmide; Impacto societal; Abordagens e metodologias inovadoras
Silvio Bitencourt da Silva: (Mestrado Profissional em Direito da Empresa e dos Negócios / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Luiz Carlos Di Serio: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Glessia Silva: (Programa de Mestrado Acadêmico em Administração da Universidade Federal de Sergipe - PROPADM/SE / Universidade Federal de Sergipe - UFS)
O cenário contemporâneo, marcado por grandes desafios globais como a crise climática e a desigualdade social, demanda uma profunda reavaliação do papel do empreendedorismo e da inovação em resposta às necessidades emergentes da sociedade e para estimular a criação de oportunidades.
Nesse contexto, essa questão surge como crucial, exigindo uma análise crítica de como construir um modelo de desenvolvimento econômico dinâmico, sustentável e inclusivo, com foco central no papel estratégico das políticas públicas de empreendedorismo e inovação.
Propomos um debate aprofundado, com ênfase na pesquisa, sobre a intersecção entre empreendedorismo, inovação, sustentabilidade, equidade, justiça social e outros grandes desafios globais, com foco no desenvolvimento de políticas públicas efetivas. Buscamos estimular a pesquisa e o desenvolvimento de novas abordagens teóricas e metodológicas para compreender e impulsionar a formulação, implementação e avaliação de políticas públicas de empreendedorismo e inovação em diferentes arcabouços de “ciência, tecnologia e inovação” a partir de uma perspectiva “transformadora”.
Principais questões a serem exploradas:
- Como podemos desenvolver políticas públicas que promovam a criação de modelos de negócios sustentáveis e inclusivos, priorizando “missões e políticas de inovação orientadas por missões”?
- Quais as implicações da sustentabilidade para a gestão financeira e tomada de decisão nas organizações, considerando os avanços teóricos e metodológicos nas políticas de empreendedorismo e inovação, e como essas questões impactam a formulação de políticas públicas?
- Como incentivar o empreendedorismo e a inovação em um contexto de desafios globais, considerando seus "racionais, lições e desafios", e como traduzir essas reflexões em políticas públicas efetivas?
Acreditamos que esse tema pode ser um espaço fértil para a troca de conhecimento, a produção de pesquisas inovadoras e a construção de soluções efetivas para os desafios atuais, com foco na formulação de políticas públicas capazes de impulsionar a transformação para um futuro mais sustentável.
Desenvolvimento; Empreendedorismo; Inovação; Políticas Públicas; Transformação
Fabio Luis Falchi de Magalhaes: (Mestrado Profissional Interdisciplinar em Inovação Tecnológica (PIT) / Universidade Federal de São Paulo)
Marcia Rodrigues dos Santos Capellari: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin / ATITUS - Atitus Educação S/A)
João de Paula Ribeiro Neto: (Prog de Pós-Grad em Admin / USCS - Universidade Municipal de São Caetano do Sul)
O tema Captação de Recursos para Inovação Tecnológica abrange o panorama, desafios, oportunidades e recomendações, além de outros fatores essenciais para o desenvolvimento sustentável de projetos inovadores em um ambiente global cada vez mais competitivo.
O acesso a recursos financeiros é essencial para transformar ideias em processos, produtos, serviços e soluções que impulsionem a economia e promovam o avanço tecnológico e social.
Programas de fomento nacionais, incluindo opções não reembolsáveis (subvenção), como FINEP, Programa Centelha, Rota 2030, Embrapii e PIPE-FAPESP, oferecem suporte financeiro direto e indireto, complementados por incentivos fiscais, como Lei do Bem e Lei de Informática; recursos reembolsáveis, como os do BNDES, aumentam a viabilidade dos projetos.
O investimento privado, via venture capital, corporate venture, private equity, crowdfunding e business angels, também é essencial, especialmente para negócios de alta tecnologia. Programas internacionais, como o SBIR (EUA) e outros da União Europeia, Israel e BRICS, junto com investimentos obrigatórios regulados por órgãos como ANP e ANEEL, ampliam as oportunidades. Além disso, financiamento com foco em sustentabilidade, como Green Bonds, Sustainability Bonds e Social Bonds, também contribuem para esse cenário.
Arranjos organizacionais, como Incubadoras, consórcios e alianças de empresas com centros de inovação, ICTs, universidades e governo, formam ecossistemas que fortalecem a colaboração em projetos integrados em busca de financiamento. É essencial priorizar a regionalização do fomento e o acesso financeiro a PMEs, startups e organizações em diferentes estágios de maturidade, superando as barreiras burocráticas que limitam essas iniciativas.
É fundamental atender a linhas temáticas em setores estratégicos e usar tecnologias habilitadoras e métricas de impacto para viabilizar projetos com maior risco tecnológico. Essa gestão exige atenção à documentação, aos requisitos dos editais, aos aspectos comerciais, técnicos, científicos e metodológicos. Também é vital considerar a prestação de contas e a propriedade intelectual, assegurando uma execução eficaz e responsável.
Captação de recursos; Fomento à inovação; Financiamento tecnológico; Sustentabilidade financeira; Impacto da inovação
Vânia Maria Jorge Nassif: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Cândido Vieira Borges Junior: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Henrique Cordeiro Martins: (Programa de Doutorado e Mestrado em Administração/PDMA / FUMEC - Universidade FUMEC)
Embora o empreendedorismo seja amplamente estudado, as pesquisas sobre o empreendedorismo feminino têm ganhado relevância acadêmica e empírica nos últimos anos (Brush e Cooper, 2012; Cardella et al., 2020; De Bruin et al., 2007; De Vita et al., 2014; Owalla e Al Ghafri, 2020). As mulheres empreendem em diversos contextos e setores, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico, como a geração de empregos, a redução da pobreza e a exclusão social (Brush e Cooper, 2012; Cardella et al., 2020; De Vita et al., 2014). Esse fenômeno é particularmente explorado em países emergentes e em desenvolvimento, onde o empreendedorismo feminino desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico e no bem-estar social (Zhang e Zhou, 2019; Afshan et al., 2021; Owalla e Al Ghafri, 2020). No entanto, as mulheres enfrentam mais obstáculos que os homens, incluindo conflitos familiares (Santos et al., 2018; Surangi, 2018), dificuldades de acesso a recursos (De Vita et al., 2014), capital humano (Afshan et al., 2021), e redes sociais (Afshan et al., 2021; Corrêa et al., 2022), além de sofrerem discriminação, preconceito e assédios. Políticas governamentais insuficientes e a influência de fatores culturais e normas sociais também afetam o empreendedorismo feminino (Moreira et al., 2019), impactando suas decisões e comportamentos nos negócios. Portanto, o empreendedorismo feminino é um fenômeno complexo e influenciado por múltiplos fatores contextuais. Para enfrentar esses desafios, as pesquisas devem aprofundar o entendimento das interações entre mulheres empreendedoras, seus negócios e o ambiente. Soluções devem promover um empreendedorismo inclusivo, responsável e de impacto, abordando temas como:
Empreendedorismo Feminino; Sustentabilidade; Grupos Minorizado; Novas Práticas Empreendedoras; Tecnologia, Trabalho por Conta Própria
Edmilson de Oliveira Lima: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
ROSE MARY ALMEIDA LOPES: (N/A / ANEGEPE) - (Vice-Presidência / ANEGEPE Associação Nacional de Estudos de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas)
João Paulo Moreira Silva: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
Problemas variados afligem o empreendedorismo, muitos deles sob a forma de ameaças e dificuldades. As ameaças são problemas que podem acontecer, e embora não se tenha precisão de como e se efetivamente acontecerão, causam apreensão. Dificuldades são problemas efetivamente enfrentados, que normalmente impõem barreiras e maior dispêndio de recursos aos empreendedores na realização do que desejam. Os problemas são frequentemente enfrentados com carência de recursos, principalmente quando ocorrem crises (desastres, pandemia, etc. – Osiyevskyy et al., 2023; Nelson e Lima, 2020; Lima, 2022). Contudo, quando se trata de pequenas organizações (p. ex.: pequenas empresas ou pequenas associações, tal carência já é uma característica corrente, que acaba agravada por eventuais crises.
O empreendedorismo, principalmente nas pequenas organizações, tem encontrado modos para superar ameaças e dificuldades em condições de carência de recursos, inclusive em crises. Fazer muito com pouco é indispensável. Esse comportamento aparentemente óbvio em condições de restrição, no entanto, precisa ser mais estudado e compreendido. Há falta de estudos em particular quanto à variedade dos modos de se fazer muito com pouco e sobre a interação e a complementaridade entre eles. Por exemplo, a effectuation (Sarasvathy, 2001) e a bricolagem (Baker e Nelson, 2005), assim como o bootstrapping (Michaelis et al., 2020), são alguns desses modos. Ainda assim, mais conhecimento precisa ser produzido sobre como se combinam e complementam, quais são suas limitações e a que tipos de problema e crise respondem melhor. Outros modos também existem (p. ex.: gambiarras, jeitinhos, negociações do tipo rolo e a jugaad indiana) e têm a mesma carência de pesquisa, mas mais intensa.
Nesta chamada para o Enanpad, serão bem-vindos trabalhos teóricos e empíricos, estudos quantitativos, qualitativos e mistos que podem ser comparações e perspectivas internacionais e apresentar qualquer configuração possível de tratamento de apenas um ou vários dos temas da chamada.
Empreendedorismo; Ameaças; Dificuldades; Superação; Fazer muito com pouco.
Daniela Meirelles Andrade: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras) - (PPGAP / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Alex Fernando Borges: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia) - (FACES / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
LUCIANA RODRIGUES FERREIRA: (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia) - (Observatorio de Governança Publica / Secretaria de Estado da Fazenda - SEFA.PA)
O tema destaca o papel do empreendedorismo público como ferramenta para enfrentar desafios complexos visando contribuir com sua eficiência para mitigar problemas públicos e gerar valor social para a comunidade e seu entorno. A partir de uma análise das principais barreiras à eficiência governamental – como a burocracia, a escassez de recursos e a falta de integração entre diferentes níveis de governo – o tema busca por soluções colaborativas, envolvendo servidores públicos, cidadãos e empresas. Observa-se esforços e condutas colaborativas para além do setor público, envolvendo organizações empresariais e do terceiro setor para cocriarem projetos e soluções para o bem comum ou de uma determinada comunidade. Neste sentido, busca congregar pesquisadores e fortalecer agendas de investigação inter(multi)disciplinares, por meio de ações colaborativas e em rede.
Espera-se receber trabalhos com diferentes epistemológicas e métodos que abordem sobre:
Ação empreendedora Pública; Inovação, Empreendedorismo e Políticas Públicas; Intraempreendedorismo e Orientação empreendedora; Cidades Empreendedoras e Desenvolvimento Sustentável
Marcelo Amaral: (Mestr Prof em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin - MPA/PPGA / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Andrea Aparecida da Costa Mineiro: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Adriana Ferreira de Faria: (Economia / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
A economia e sociedade seguem em acelerada transformação. Este contexto exige a reformulação do papel de governos, academia, empresas e instituições como um todo. Especificamente, na dinâmica empresarial, os modelos e as apolíticas nacionais e regionais de inovação enfrentam mudanças com as tendências tecnológicas, implicando em novas configurações organizacionais.
A metáfora da Hélice Tríplice, formada pelas conexões entre atores das esferas da universidade-empresa-governo, proposta por Etzkowitz e Leydesdorff (1995), vem incorporando novos atores relevantes para a geração da inovação, como a sociedade (Hélice Quádrupla) e a sustentabilidade (Hélice Quíntupla), especificamente nesse contexto de transformações tecnológicas rápidas (Etzkowitz & Leydesdorff, 1995; Carayannis & Campbell, 2009). Esta evolução vem levando ao desenho de uma teoria das hélices e do neo-Triple Helix model, como uma síntese deste modelo (Carayannis & Campbell, 2022; Cai, 2022).
As relações entre os atores analisadas pelas teorias das hélices refletem na transformação da universidade, de tradicional à empreendedora, como elemento-chave de criação do conhecimento técnico-científico na economia do conhecimento. E como os mecanismos e ambientes de inovação (MAI) fazem a decodificação do conhecimento científico em inovação, seja em ambientes como incubadoras de empresas, parques tecnológicos, hubs de inovação, projetos de desenvolvimento econômico regional, entre outros.
Este tema estará recebendo submissões nas seguintes temáticas:
- Criação, gestão, consolidação e impactos de ambientes de inovação (ecossistemas; incubadoras de empresas; parques científicos e tecnológicos; hubs, áreas e distritos de inovação, entre outros);
- Mecanismos de proteção do conhecimento e transferência de tecnologia (escritórios de comercialização, núcleos de inovação tecnológica, entre outros);
- Sistemas de inovação (nacional/regional) e as abordagens da Hélice Tripla e de modelos derivados;
- O papel da sociedade civil organizada na inovação e no desenvolvimento econômico;
- O papel da universidade no século XXI, universidade empreendedora, universidade engajada, universidade sustentável, universidade empreendedora sustentável e gestão universitária.
Hélice Tripla; Hélice Quádrupla; Hélice Quíntupla; Teoria das Hélices; Ambientes de Inovação
Alex Fabianne de Paulo: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Alexandre Aparecido Dias: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações - PPGAO / FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo)
Flávia Oliveira do Prado Vicentin: (Programa de Pós Graduação em Administração de Organizações FEARP/SUP / USP - Universidade de São Paulo)
As discussões sobre as mudanças climáticas têm se intensificado, especialmente diante dos desastres recorrentes e graves que atingem diversos países ao redor do mundo. Mecanismos diplomáticos, como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), o Painel Intergovernamental sobre as Ações Climáticas (IPCC), o Protocolo de Quioto e Acordo de Paris, além de instâncias de governança como a Conferência das Partes (COP), visam estabelecer e gerenciar proposições, acordos e metas para mitigar e reduzir o rápido aumento da temperatura global e suas consequências. Nesse contexto, o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis torna-se crucial para apoiar os países no cumprimento de suas metas climáticas, posicionando a inovação como um vetor essencial para a transição rumo a uma economia de baixo carbono. Apesar dos esforços dos países de renda média no desenvolvimento de inovações e na transferência de tecnologias climáticas - exemplificados pela criação do Programa de Implementação de Tecnologia - persistem assimetrias entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento no que diz respeito à capacidade de criar e implantar de forma célere novas tecnologias que reduzam as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Assim, torna-se urgente expandir estudos sobre mecanismos de transferência de tecnologia eficazes, com foco na transição para uma economia de baixo carbono, especialmente em países em desenvolvimento. Pesquisas sobre transferência de tecnologia e cooperação tecnológica para apoiar a transição em direção a uma economia de baixo carbono são de interesse deste eixo temático, assim como estudos que explorem formas de fortalecer a capacidade de absorção tecnológica dos países em desenvolvimento de modo a reduzir as lacunas tecnológicas. Adicionalmente, o papel da bioeconomia na redução dessas assimetrias entre nações em diferentes estágios de desenvolvimento também é de especial interesse deste eixo temático.
Transferência de tecnologia; Cooperação tecnológica; Inovação sustentável; Economia de baixo carbono
Joysi Moraes: (Mestr Prof em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin - MPA/PPGA / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Jairo de Carvalho Guimaraes: (Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas (PPGPP) / Universidade Federal do Piauí - UFPI)
FÁTIMA REGINA NEY MATOS:
Entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) está promover o crescimento econômico inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para todos. No entanto, em países como Brasil, a taxa de jovens entre 15 a 24 anos que não estão empregados ou estudando está em 20,6%. O país adotou a educação para o Empreendedorismo no ensino básico e superior com o propósito de providenciar meios para que as pessoas possam desenvolver habilidades e competências que possibilitem sua atuação em atividades cada mais complexas. Isto posto que, desde o final do século XX, diferentes autores propõem que o empreendedorismo pode e deve ser ensinado e incentivado, procurando criar atitudes de cidadania ativa e competências empreendedoras, gerando e transformando novas ideias em valores de cunho social, econômico e cultural.
Nestes termos, fundamental atentar ao ecossistema educacional. Assim, este tema congrega estudos teóricos e empíricos de artigos que examinam, sem exclusão de outras possibilidades no escopo desta chamada:
- O ecossistema da educação para o empreendedorismo.
- Perspectivas internacionais de colaboração entre escolas/universidades.
- A educação para o empreendedorismo em um mundo impactado pela revolução tecnológica e desenvolvimento da Indústria 4.0.
- A educação para o empreendedorismo e a promoção do crescimento econômico inclusivo e sustentável e a promoção do trabalho digno para todos.
- A educação para o empreendedorismo como educação continuada.
- Educação para o empreendedorismo na Educação Básica e no Ensino Superior
- Práticas pedagógicas e organizacionais para o desenvolvimento da educação para o empreendedorismo
- Integração da Educação Profissional e da Educação para o Empreendedorismo
- Formação de educadores e metodologias educativas para o empreendedorismo
- Ambientes de aprendizagem inovadores
- Práticas didático-pedagógicas orientadas ao Empreendedorismo para formação profissional integral
- Estudos e pesquisas, produtos técnico-tecnológicos e casos de ensino em Empreendedorismo
Educação para o empreendedorismo; Ecossistema de educação para o empreendedorismo; Educação básica e ensino superior; Educação para o empreendedorismo e crescimento econômico inclusivo e sustentável; Educação para o empreendedorismo e trabalho digno para todos
Graziela Dias Alperstedt: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Ana Clarissa Matte Zanardo dos Santos: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
Os desafios sociais, econômicos, políticos e ambientais da atualidade têm mobilizado organizações diversas em âmbito local, regional e nacional para fazer frente a essas problemáticas. Apesar disso, poucas análises robustas têm sido empreendidas a respeito de inovações sociais e seus ecossistemas em termos de teorias, epistemologias e respostas a esses problemas (Pradel
Miquel, M.; García Cabeza, M.; Eizaguirre Anglada, S., 203). O Brasil, com sua diversidade territorial, é um celeiro destas inovações e as diferentes configurações territoriais do país sugerem a necessidade de situar o debate global (Andion, Alperstedt, Graëff, 2020). É nesse sentido que este tema se propõe a debater as inovações sociais e suas consequências nos contextos rural e urbano (Domanski, Howaldt; Kaletka, 2020). Nesse sentido, busca discutir a inovação social e sua relação com a mudança e a transformação social, a partir de suas consequências, destacando perspectivas multissetoriais e multinível. Interessa o resultado de pesquisas sobre inovações sociais, ecossistemas de inovação social e suas consequências nos territórios, direcionando o olhar para as respostas coletivas e à capacidade dos diferentes atores de desenvolver práticas socialmente inovadoras. A abordagem da
Inovação Social e dos Ecossistemas de Inovação Social (EIS) e sua influência na promoção de cidades e territórios mais sustentáveis é central nessa agenda de pesquisa e também para a prática da inovação social (Kaletka; Markmann;
Pelka, 2016; Alijani Et Al, 2016; Hodson; Kaika, 2017; Howaldt et al, 2018; 2019; Andion, C.; Alperstedt, G. D.; Graeff, 2020).
O tema convida os autores a submeterem artigos sobre os seguintes tópicos, mas não restrito a eles:
- Discussão sobre paradigmas, epistemologias e teorias de Inovação social;
- Experiências de inovação social e ecossistemas de inovação social nos meios rural e urbano;
- Inovação Social e Governança para a sustentabilidade;
- Inovações sociais e perspectiva multi-setorial e multinível;
- Estudos comparados sobre inovação social e ecossistemas de inovação social;
Inovação Social; Ecossistema de inovação social; Sustentabilidade; .
Aline Mariane de Faria: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
ABRAAO FREIRES SARAIVA JUNIOR: (Parque Tecnológico (Partec UFC) / UFC - Universidade Federal do Ceará)
Valoração e seleção de patentes, tecnologias, inovações e startups são questões centrais para o desenvolvimento de novas tecnologias e o avanço de empreendimentos inovadores, incluindo negócios de base tecnológica, startups, spin-offs acadêmicas e deep techs. Esse tema é particularmente relevante na atualidade, pois as fontes de financiamento tradicionais, como bancos e investidores institucionais, têm sido complementadas por alternativas mais dinâmicas, como capital de risco, crowdfunding e corporate venture capital. Além disso, o papel do financiamento governamental, nas formas de subvenção econômica e bolsas de apoio ao empreendedorismo inovador, permanece crucial, especialmente em estágios iniciais de inovação tecnológica.
Adicionalmente, a relação entre o tipo de financiamento e o ciclo de vida das empresas inovadoras é um aspecto fundamental a ser investigado, uma vez que diferentes estágios de desenvolvimento demandam abordagens e fontes de capital específicas. Compreender como os processos de seleção e valoração influenciam o sucesso e a sustentabilidade da inovação e startups podem auxiliar tanto empreendedores, gestores quanto formuladores de políticas.
O estudo da seleção e valoração de patentes, tecnologias, inovações e starrtups é, portanto, essencial para a promoção de uma economia baseada no conhecimento e para a criação de novas oportunidades de desenvolvimento socioeconômico, alinhando-se aos objetivos da ANPAD de incentivar a pesquisa e a colaboração internacional no campo das ciências administrativas e contábeis.
Seleção; Valoração; Financiamento; Inovação aberta
Sílvio Luís de Vasconcellos: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Hilka Pelizza Vier Machado: (Prog. de Pós-Graduação em Administração/PPGADM / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Ronaldo Couto Parente: (Mestrado e Doutorado em Administração / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas) - (Doutorado / Florida international University)
O empreendedorismo internacional tem ganhado crescente relevância no cenário acadêmico, visto que o avanço tecnológico tem diminuído barreiras, permitindo que empreendedores, mesmo com recursos limitados, se posicionem internacionalmente. Os recentes progressos tecnológicos, como a inteligência artificial, têm acelerado o surgimento de startups e empresas "born globals" — movimento iniciado nos anos 1990 — que hoje representam parcela significativa dos negócios internacionais.
A visão do empreendedorismo internacional enquanto descoberta, avaliação e exploração de oportunidades no contexto global para a criação de produtos e serviços, tem sido amplamente transformada pela influência da tecnologia. Esse redimensionamento do fenômeno exige novos olhares, além da tradicional análise de indivíduos e empresas, incluindo, o impacto das tecnologias.
Esta proposta fomenta o debate sobre empreendedorismo internacional, explorando aspectos relacionados a indivíduos, empresas e o ambiente global, com ênfase no papel da tecnologia. Amplia a compreensão de como esses empreendedores expandem suas operações para além das fronteiras, enfrentando desafios culturais, regulatórios e mercadológicos.
Como resultado, espera-se incentivar estudos sobre o desenvolvimento da intenção empreendedora internacional, o papel da expatriação e repatriação, e a orientação e educação empreendedora internacional. O tema contribui para uma melhor compreensão dos efeitos da internacionalização sobre os empreendedores, empresas e ecossistemas. Além disso, abre espaço para pesquisas sobre o impacto da internacionalização em grupos minoritários, incluindo empreendimentos sociais. Finalmente, oferece uma base sólida para o desenvolvimento de metodologias inovadoras para estudos em empreendedorismo internacional
Ao colocar em evidência esse tema, a divisão ITE amplia sua contribuição para a literatura e promove insights para o fortalecimento da presença internacional de empresas brasileiras em mercados globais. A proposta também enriquece o debate sobre a evolução dos estudos de empreendedorismo internacional, com foco especial em economias emergentes, propondo um espaço de análise de setores onde a inovação e o empreendedorismo desempenham um papel crucial para a competitividade.
Empreendedorismo Internacional; Capacidades Tecnológicas; Born Global; Expatriação e Repatriação; Internacionalização
José Alberto Carvalho dos Santos Claro: (Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar / UNIFESP)
Almir Martins Vieira: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
O Empreendedorismo Azul refere-se ao conjunto de iniciativas econômicas e de inovação que utilizam os recursos dos oceanos, mares e zonas costeiras de maneira sustentável e regenerativa. Este tema busca explorar as diversas facetas do empreendedorismo no contexto marítimo, promovendo um diálogo interdisciplinar que englobe desde a exploração de novos mercados até a conservação ambiental. A economia azul abrange um vasto espectro de atividades, incluindo a aquicultura sustentável, a bioeconomia marinha e as energias renováveis oceânicas, como a eólica e a maré-motriz. Além disso, práticas como o turismo costeiro sustentável e a pesca responsável são fundamentais para equilibrar a utilização dos recursos com a preservação dos ecossistemas.
Neste contexto, também será analisada a questão do greenwashing, onde empresas promovem uma imagem de sustentabilidade que não condiz com suas práticas reais. A proposta incentiva o estudo de estratégias de comunicação e marketing que sejam transparentes e efetivas, contribuindo para a conscientização e a educação ambiental do público.
O desenvolvimento de modelos de negócios que integrem a sustentabilidade e a regeneração ambiental é um dos principais focos deste tema, destacando iniciativas que promovam a recuperação dos ecossistemas marinhos, como o cultivo de algas e a restauração de recifes de corais. Também serão abordadas as políticas públicas e os marcos regulatórios que apoiam ou dificultam o avanço do empreendedorismo azul, assim como as oportunidades para a criação de redes de colaboração internacional e parcerias público-privadas.
A proposta visa, portanto, estimular pesquisas que aprofundem o entendimento sobre como práticas inovadoras e sustentáveis podem transformar a relação da sociedade com os oceanos, promovendo o desenvolvimento econômico e social sem comprometer a integridade dos ambientes marinhos e costeiros. Ao fomentar um debate robusto e colaborativo, espera-se contribuir para um futuro mais próspero e equilibrado para os recursos oceânicos.
Empreendedorismo Azul; Oceano; Amazônia Azul; Economia Azul; Negócios Regenerativos