Eduardo José Grin: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Maria Carolina Martinez Andion: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Morgana Gertrudes Martins Krieger: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
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Professor do PPGP/CCSA/UFRN.
Mario Aquino Alves: (Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado Profissional em Gestão Internacional - MPGI - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Daniel Moraes Pinheiro: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Luiza Reis Teixeira: (PDGS / UFBA - Universidade Federal da Bahia) - (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Este tema tem o intuito de debater características, potencialidades, dilemas e desafios encontrados nas relações entre Estado e diferentes formas de organização da sociedade civil, sendo estas formalizadas ou não. As relações entre Estado e organizações não estatais são componentes estruturantes da democracia e têm efeito na maneira como a sociedade lida com aquilo que é público e com problemas públicos.
Ainda ressoam em instâncias acadêmicas e na gestão pública certas recomendações do movimento da Nova Gestão Pública, que preconiza a contratação de organizações sem fins lucrativos para a entrega de serviços públicos. No entanto, as possibilidades de relação entre Estado, cidadãos e organizações da sociedade civil extrapolam esse tipo de interação, contemplando diversidade de formas e conteúdos para definir e lidar com os problemas públicos, o que pode ser compreendido como parte de uma Nova Governança Pública. Neste sentido, as práticas abordadas neste tema podem incluir, mas não se restringem a:
Este tema abarca com especial atenção, mas não de forma exclusiva, trabalhos focados nos seguintes tópicos:
Sociedade civil; Estado; transparência; advocacy; participação
Lindomar Pinto da Silva: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UNIFACS - Universidade Salvador) - (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Manuela Ramos da Silva: (PROPADM / UFS)
A Administração Pública, considerada como um agente operativo do Estado, é requerido que se reorganize, e elabore modelos de gestão que atendam às exigências e às necessidades sociais, políticas e econômicas. A reformulação e a modernização da administração pública, no sentido de racionalizar as ações e aumentar a efetividade das suas instituições, respondendo com agilidade e competência às demandas do Governo e da sociedade, fazem-se cada vez mais necessárias.
As novas perspectivas teóricas apontam no sentido tanto de uma maior importância quanto de uma maior complexidade do papel do Estado, argumentando que instituições públicas eficientes e novas conexões políticas com a sociedade tornam-se fundamentais na oferta de serviços associados à expansão das capacidades humanas (POLLITT; BOUCKAERT, 2000).
Considerando tais aspectos, justifica-se a relevância e pertinências da proposição do tema Estado, Burocracia e Gestão Pública no âmbito da Divisão de Administração Pública.
De acordo com Kliksberg (1992, p.45), a administração pública e o seu funcionamento, modernização do Estado e as reformas administrativas não são a-históricos: "?fazem parte de um processo histórico global que a marcou profundamente em suas características centrais e que ela por sua vez, contribuiu para modelar. (...) Sua historicidade visceral determina que muitos dos problemas que apresenta não são endógenos; são as manifestações, em seu nível, de problemas estruturais da sociedade em seu conjunto?"
Diante do exposto, este tema acolherá os estudos teóricos, empíricos e /ou teóricos-empíricos sobre 1) estratégias, estrutura, atores, processos, relações e poder intrínsecos ao Estado e à sua administração pública; 2) crises e as reformas no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, tanto no contexto nacional e internacional; 3) relações entre poderes e a governabilidade;4) transformações nas configurações, papéis e funções assumidos pelo Estado. Além disso, há interesse em receber contribuições sobre temas atuais e emergentes com conexão com esses temas.
Modelos de Gestão Pública; Reforma do Estado; Modernização Administrativa; Crises; Burocracia
Danilo José Alano Melo: (Departamento de Governança Pública / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Lindijane de Souza Bento Almeida: (Programa de Pós-Graduação em Estudos Urbanos e Regionais / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Flavia de Paula Duque Brasil: (Mestr em Admin Pública / FJP - Fundação João Pinheiro)
Este tema busca abrir espaço para trabalhos,teóricos e empíricos, sobre o experimentalismo democrático, a partir do agir
participativo na administração pública. Focaliza os processos de baixo pra cima fundados na participação democrática e na
interface entre diversos atores, recursos, práticas, dispositivos e saberes na gestão pública. Esse debate é de suma
importância, ainda mais diante dos efeitos da pandemia de COVID-19 e das crises das democracias em todo o mundo e seus
desdobramentos na administração pública e nas discussões sobre governança pública. Isso abre uma ampla agenda de
pesquisa sobre os alcances e os limites da governança colaborativa e de outras formas do agir democrático na renovação da
administração pública, tanto em âmbito internacional (Fung e Wright, 2003, Bohman, 2012; Ansell, 2007, 2012; Ansell e
Torfing, 2018, Ansell, Sorensen e Torfing, 2020) quanto no Brasil (Milani, 2008; Vaz, 2011; Avritzer, 2017; Midlej e Silva, 2019,
Andion, 2020). Diante disso, propomos discutir as relações entre administração pública, a participação e o Estado
democrático de direito. Em particular interessa compreender os alcances e os limites das experimentações democráticas e
suas relações com a ampliação da efetividade, da legitimidade, da justiça social e da inovação (considerando as suas múltiplas
dimensões) na administração pública. Avanços e retrocessos do agir participativo democrático nos sistemas políticos, na
governança e na ação públicas em territórios, instituições e organizações governamentais e não governamentais, diante da
regressão democrática no Brasil e em outros países do mundo. Desafios das dinâmicas de aprendizado coletivo, colaborativo,
da investigação pública, do controle social e accountability. Experiências de inovações sociais, redes de colaboração, ecossistemas de inovação social e a sua relação com o setor público, as políticas públicas e a ação púbilca. Trajetórias no enfrentamento, na
resistência e na co-construção de respostas aos problemas públicos, pela participação social e pela governança pública.
Administração Pública Democrática; Governança Pública; Experimentações Democráticas; Participação; Democracia
Fabiano Maury Raupp: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Ana Rita Silva Sacramento: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Elaine Cristina de Oliveira Menezes: (Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
O tema abrange os trabalhos sobre o processo de planejamento e orçamento governamental. Finanças públicas: tributação/arrecadação, gasto público e financiamento. Função de controle interno e externo; estudo sobre os órgãos de controle e compliance no setor público; políticas; gestão; mecanismos; e instrumentos relacionados com as questões de transparência, prestação de contas, accountability, responsabilidade fiscal, contratualização de resultados e auditoria operacional no setor público; combate à corrupção; e qualidade do gasto público.
Planejamento Governamental; Orçamento Público; Finanças Públicas; Transparência e Accountability; Controle no Setor Público
Denise Ribeiro de Almeida: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Liliane Magalhaes Girardin Pimentel Furtado: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense) - (Instituto COPPEAD de Admin – COPPEAD / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Marco Antonio Catussi Paschoalotto: (Departamento de Administração Pública / Universidade do Minho - Portugal)
O tema é orientado para os artigos sobre funções e instrumentos gerenciais de planejamento estratégico, organização, direção e execução no âmbito intraorganizacional. Estilo e tomada de decisão em órgãos públicos. Estruturas, processos e comportamentos administrativos nas organizações públicas nas áreas funcionais de: gestão de pessoas, liderança e cultura organizacional; comunicação, marketing e qualidade em serviços públicos; gestão de materiais e patrimônio; logística, operações e suprimentos; gestão financeira e contábil; gestão por processos, sistemas de informações gerenciais (uso de TICs, governo eletrônico e governança digital). Abordagens e técnicas de gestão emergentes nas organizações públicas, tais como: gerenciamento de projetos, gestão do conhecimento, organizações matriciais, transformação digital no setor público, design thinking, análise de stakeholders, dentre outros. Trata-se de tema relevante na medida em que busca reunir pesquisas que explorem os caminhos para uma gestão pública de qualidade nas mais diferentes frentes, isto é, nas suas diversas áreas funcionais. Particularmente no contexto atual, no qual restrições diversas aliam-se às mudanças do contexto ambiental, notadamente aquelas advindas da pandemia da COVID-19 sobre as organizações públicas, torna-se fundamental a construção de uma agenda de pesquisa que vise promover a busca pela eficiência organizacional e a qualidade na prestação dos serviços públicos frente a esse cenário desafiador.
Organizações Públicas; Funções Gerenciais; Áreas Funcionais; Estruturas Intraorganizacionais; Covid-19
Lilian Ribeiro de Oliveira Simões: (Escola de Negócios / Centro Universitário Barão de Mauá)
Vicente da Rocha Soares Ferreira: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás)
O tema destina-se aos trabalhos sobre gestão de serviços públicos pela perspectiva da prestação de serviços públicos em setores específicos: energia, transporte, telecomunicações, recursos hídricos, saneamento, saúde, educação, segurança pública e atendimento ao cidadão, entre outros. Modos de provisão dos serviços públicos: prestação direta ou delegada; desestatização, privatização, publicização, desregulamentação, concessão, coprodução e terceirização. Novos formatos organizacionais e a prestação de serviços públicos: organizações sociais (OSs), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPS), Parcerias Público-Privadas (PPPs) e serviços sociais autônomos. Agências executivas e agências reguladoras.
O tema envolve tópicos fundamentais na gestão de organizações públicas e serviços públicos. Com os avanços tecnológicos, as reformas da administração pública as preocupações dos governos com uma gestão pública voltada para resultados, tornam-se indispensáveis reflexões sobre modelos organizacionais, estruturas de governança e arranjos institucionais que facilitem a entrega de serviços públicos de qualidade.
Trabalhos a partir de diferentes abordagens teóricas e recortes metodológicos, inclusive com orientação para a prática da Administração Pública, são muito bem vindos.
Serviços públicos; Parcerias Público-Privadas; Novos formatos organizacionais; Papel Regulador do Estado; Agências reguladoras e executivas
Washington Jose de Sousa: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Fátima Bayma de Oliveira: (Mestr e Dout em Admin Pública / EBAPE / FGV / Mestr e Dout em Admin Pública / EBAPE / FGV)
Diana Cruz Rodrigues: (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia)
O tema volta-se a estudos e aplicações de políticas públicas sob perspectiva multi e interdisciplinar na tradição de policy orientation. Estudos orientados a política pública (policy oriented), nos termos em que é definida na literatura das policy sciences, são aqueles que acumulam aspectos de multidisciplinaridade (e interdisciplinaridade), normatividade e ânimo na resolução de problemas. Enfatiza a análise de casos de políticas, programas, projetos e ações públicas estatais e públicas não-estatais originárias de organizações da sociedade sob vieses técnico-econômico, socioambiental, cultural, de infraestrutura, educacional, de ciência, tecnologia e inovação e de desenvolvimento territorial, entre outros. Contempla aspectos teórico-metodológicos de técnicas e aplicações de políticas públicas e mudanças organizacionais. Outras possibilidades estão na concepção e aplicabilidade da política pública a partir de contraditórios, de leituras crítico-reflexivas a partir de casos. Metodologicamente, o tema prioriza estudos de casos, multicascos e análises comparativas sem, entretanto, descartar outros interesses. As montagens das seções serão realizadas prioritariamente por políticas públicas setoriais sem prejuízo à noção de intersetorialidade quando possível.
Orientação para Política; Casos sobre Políticas Públicas; Aplicações em Políticas Públicas; Perspectivas Práticas
Antonio Sergio Araujo Fernandes: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Suely Mara Vaz Guimarães de Araújo: (Ciência Política / UnB - Universidade de Brasília) - (Administração Pública / Instituto Brasiliense de Direito Público)
marco antonio carvalho teixeira: (Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado Profissional em Gestão e Políticas Públicas - MPGPP - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Visa discutir o pacto federativo e as relações intergovernamentais no Brasil diante de uma conjuntura política de crise de sistemas de políticas públicas constitucionalmente estabelecidas, sedimentadas em coordenação federativa. A crise econômica, atinge a maioria da população do país, sobretudo a população mais vulnerável. Além disso, desemprego e pobreza extrema, são problemas atualmente experimentados que tem como principal causa a negligência do desenho estrutural e da execução institucional dos sistemas de políticas sociais, capazes de assegurar um mínimo de inclusão e proteção social aos mais vulneráveis ao mesmo tempo que visa reduzir as desigualdades sociais e regionais do país. Ressalve-se que um dos elementos mais importantes que definem o Federalismo brasileiro é a existência de um modelo de cooperação inter federativa, dos sistemas de políticas públicas, as quais são necessárias descentralização e responsabilização pela implementação em nível subnacional, acompanhada de coordenação e repasses de recursos federais. A análise em perspectiva mostra no contexto político atual do federalismo brasileiro, que os efeitos não se referem apenas aos atuais sistemas de políticas sociais (saúde, assistência social e educação), mas também, no que se refere às novas policy issues que serão necessárias para tratar o momento pós-pandemia. As relações intergovernamentais que já estavam em processo de desordem e descoordenação, podem acentuar esta crise dado que o momento atual necessita de um papel coordenador e cooperativo de todos os entes federados. O tema quer construir uma discussão a partir de trabalhos relacionados às políticas sociais, setoriais e intersetoriais federativamente coordenadas (educação, saúde, meio ambiente, assistência social, cash transfer, política urbana, infra-estrutura), experiências de cooperação inter federativas nas unidades subnacionais (consórcios inter federativos), finanças públicas e processo decisório orçamentário, relação executivo-legislativo, entre outros.
relações intergovvernamentais; sistemas de políticas públicas; coordenação inter federativa; cooperação inter federativa; políticas públicas federativamente coordenadas
MAGDA DE LIMA LUCIO: (Programa de Pós Graduação em Governança e Inovação em Políticas Pùblicas / UnB - Universidade de Brasília)
Alex Bruno Ferreira Marques do Nascimento: (PPGA/UFCG / Universidade Federal de Campina Grande)
O tema debate os papeis e a configuração dos municípios brasileiros que, após 1988, com seu novo status constitucional, passaram a desfrutar de autonomia administrativa, financeira e política. Os municípios têm passado por inúmeras transformações nos últimos trinta anos. Chave nesse processo foi o aumento de responsabilidades, pois as municipalidades tornaram-se a principal esfera de governo responsáveis pela implementação das políticas públicas, sobretudo as de bem-estar social. A descentralização de políticas, responsável pela transferência de responsabilidades para a esfera municipal, não deixou de ser influenciada em seus resultados pelas limitações institucionais e financeiras locais para responder aos encargos assumidos. Resta pouca dúvida que os municípios, no geral, possuem poucas capacidades estatais para lidarem com a ampliação das suas responsabilidades. Nesse contexto, é importante atualizar o debate sobre os desafios dos governos locais que requerem maior profissionalização da gestão municipal, bem como da relevância de instituir instrumentos controle social para qualificar a ação governamental. As exigências para qualificar a ação municipal tem sido um dos mais difíceis obstáculos para a implementação de políticas públicas no país. Contudo, ainda se conhece pouco sobre como as administrações municipais estão organizadas. Ampliar este conhecimento é uma primeira razão para o tema proposto. Esta situação se torna ainda mais desafiadora no contexto das múltiplas demandas que recairão sobre a gestão municipal brasileira no cenário pós-COVID-19. O município que sairá desta crise não será o mesmo de antes da pandemia. Capacidades estatais serão testadas para implementar políticas públicas com menos recursos, para responder a maiores demandas coletivas por serviços públicos, além da necessidade de criar canais de interlocução com a sociedade para lidar com os diversos problemas gerados pela pandemia. Nesse cenário, analisar as perspectivas e desafios dos municípios, além de um tema atual, é importante pelo papel central que ocupam na provisão de políticas públicas.
Município; Descentralização; Capacidades estatais; COVID-19; Políticas públicas
Julio Araujo Carneiro da Cunha: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Escola de Comunicações e Artes - ECA / USP - Universidade de São Paulo)
Victor Silva Corrêa: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
Os desafios do desenvolvimento regional é algo relevante para a academia pelos seus efeitos no bem estar social local. Especialmente por ser um propulsor da promoção de desenvolvimento social, econômico e local. Entretanto, esse desenvolvimento ocorre de forma efetiva quando existe troca de capital social entre os agentes e organizações locais. A existência de capital social (confiança, comprometimento, identidade local, cultura compartilhada, colaboração etc.) estimula e fortalece a relação entre eles. Isso faz com que haja a criação de especialidades locais e conhecimentos diferenciais, baseados na forma específica de trabalhar localmente, que se sobrepõe à atuação individual de cada organização. Diante disso, cabe ao poder público, especialmente aos policymakers, estimular os agentes locais não somente com apoio institucional, mas promovendo também o relacionamento e as trocas entre eles. Criam-se potencialidades locais de base social capazes de incrementar a legitimação de conhecimentos locais a partir da criação de marcas regionais, indicações geográficas e clusters com maior poder de competitividade conjunta. Além do mais, cria-se um ecossistema de trocas que estimula o desenvolvimento de indústrias locais especializadas e que, consequentemente, estimula o empreendedorismo local a partir de movimentos de spill-over e spin-offs.
Partindo, portanto, do pensamento associado da localidade, desenvolvimento regional e do capital social, espera-se gerar discussões intrigantes e importantes sobre como a localidade pode se desenvolver e catalisar seu crescimento. Além de se buscar o aprofundamento de discussões de cunho social para o desenvolvimento regional, espera-se entender como agentes intermediadores, como é o caso dos policymakers, podem trazer contribuições efetivas para trocas entre agentes locais e estimular o desenvolvimento regional.
São bem vindas teorias de Capital Social, Trocas Sociais, Social Crítica, Relacionamento Estratégico, Institucional, Estruturação Social, Controle Social (ou Laços Sociais), Aprendizagem Social, Penetração Social, Imersão Social, Identidade Social, Socio-Materialidade, Redes Sociais, Cultura Local, Desenvolvimento Regional, e outras abordagens.
Localidade; Desenvolvimento Regional; Capital Social; Territorialidade
Ana Paula Rodrigues Diniz:
Bruno Lazzarotti Diniz Costa: (Mestr em Admin Pública / FJP - Fundação João Pinheiro)
Mariana Mazzini Marcondes: (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública – PPGP/CCSA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
O tema aborda discussões clássicas e contemporâneas relativas às teorias, metodologias e práticas de políticas públicas, enfocando, principalmente, sua relação com as desigualdades sociais e territoriais. O campo de políticas públicas, constituído pela interdisciplinaridade e pela dialética entre teoria e prática, é um campo de saber-fazer consolidado no Brasil e no mundo. No entanto, ainda é necessário avançar em abordagens críticas, especialmente para enfrentar as desigualdades em sua multidimensionalidade e multicausalidade. Seguindo essa abordagem, políticas públicas podem ser compreendidas como parte de um processo contraditório em torno da construção dos problemas públicos e do curso da ação pública, cujos contornos podem resultar tanto em reprodução, quanto em enfrentamento das desigualdades, comportando nuances e ambiguidades. Neste contexto, esperamos receber trabalhos que abordam desde discussões mais consolidadas (ex. ciclo de políticas públicas; relação com o federalismo e com a participação social; articulações intergovernamentais) até temas mais contemporâneos (políticas públicas baseadas em evidências, territorialidades, intersetorialidade, interseccionalidade, transversalidade, etc) no campo de políticas públicas. Convidamos, em especial, trabalhos que investiguem as relações entre políticas públicas e desigualdades, incluindo tanto análises sobre os efeitos das ações governamentais na (re)produção de desigualdades sociais, quanto sobre inovações para a transformação social rumo à igualdade e inclusão.
Política Pública; Política Social; Desigualdades; Interseccionalidade; Inclusão
TATIANA DIAS SILVA: (MIR / Ministério da Igualdade Racial) - ((IPEA) / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)
Pedro Jaime: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI) - (Graduação / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Ana Claudia Farranha: (Programa de Pós Graduação em Direito - PPGD / UnB - Universidade de Brasília)
Embora possua mais de um século de presença na produção acadêmica em Sociologia e Antropologia no Brasil, o tema das Relações Raciais é ainda pouco discutido no campo da Administração, e mais especificamente na área de Administração Pública e Políticas Públicas. A nossa sociedade negou a existência do racismo como elemento estruturante para o nosso processo de subdesenvolvimento e causa motora das diversas formas de desigualdades sociais. O mito da democracia racial que vigorou de forma hegemônica desde o fim da escravidão até meados dos anos de 1980, pressupunha a convivência harmônica entre negros e brancos, diferentemente das situações dos EUA ou da África do Sul, países que viveram processos formais de segregação racial. A partir das históricas denúncias da sociedade civil organizada liderada pelas diversas correntes do movimento negro e de análises empreendidas por pesquisadores de instituições acadêmicas e governamentais sobre as relações verticais em todos os setores da sociedade, essa utopia brasileira foi desnudada, deixando evidente as intensas desigualdades raciais expressas em inúmeros indicadores sociais. No entanto, apenas nas últimas duas décadas, o governo passou a reconhecer esse abismo social e a implementar medidas para enfrentá-lo. Até o século passado, tais medidas se restringiram a iniciativas de combate ao racismo (repressivas) e de valorização da matriz africana (culturalista). Essa nova resposta do governo brasileiro deveu-se à pressão cada vez mais qualificada dos movimentos negros, acadêmicos e setores progressistas, além de tensionamento institucional em universidades, governos subnacionais e organizações da sociedade. A literatura mostra que a partir dos resultados da III Conferência Mundial contra o Racismo (Durban, 2001), o Brasil passou a ser um dos países que mais implementaram políticas públicas de combate ao racismo e promoção da igualdade racial.
Relações Raciais; Políticas da Promoção da Igualdade Racial; Desigualdades; Ações Afirmativas
Diego Mota Vieira: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília)
Ricardo Correa Gomes: (Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Lia de Azevedo Almeida: (Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional / UFT)
Na administração pública e na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas, observa-se a influência de stakeholders em esforços de cooperação e competição. O tema enfoca trabalhos teóricos e empíricos que utilizem a teoria de stakeholders, os modelos de análise de stakeholders e abordagens híbridas combinando outros referenciais teóricos com origem na administração, na ciência política e na sociologia, por exemplo. Algumas questões constituem a sua agenda de pesquisa: como os stakeholders atuam em processos de co-criação de valor na administração pública? Quais são as estratégias e recursos adotados pelos stakeholders para influenciar as políticas públicas? Como atuam no desenho de políticas públicas? De que forma os stakeholders lidam com as pressões institucionais? Como as organizações públicas podem realizar a gestão do relacionamento com seus stakeholders? De que maneira os stakeholders podem contribuir para o desenvolvimento de capacidades estatais? Qual é o impacto da influência de stakeholders no desempenho de políticas públicas? Como os stakeholders operam em redes de políticas públicas? Como a análise de stakeholders pode contribuir em estudos sobre participação social e advocacy? De que forma as especificidades políticas no Brasil, tais como federalismo e presidencialismo de coalizão, interferem na atuação dos stakeholders de políticas públicas? Quais são as críticas e os limites aos quais os estudos sobre stakeholders na administração pública estão sujeitos?
Stakeholders; Capacidades Estatais; Valor Público; Redes de Políticas; Advocacy
Antonio Isidro da Silva Filho: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília)
Micheline Gaia Hoffmann: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
HIRONOBU SANO: (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública – PPGP/CCSA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) - (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Este tema tem como proposta a discussão acadêmica sobre o tema da inovação pública, em suas mais variadas abordagens. É um assunto que vem ganhando crescente interesse, tanto no meio acadêmico como profissional, no Brasil e no mundo. Entende-se que a inovação traz o potencial de uma gestão pública mais eficiente, efetiva, transparente e democrática, com projetos, iniciativas e estruturas mais capazes de gerar valor público. Mas há também diversos desafios e barreiras nesse caminho, bem como potenciais efeitos adversos de iniciativas inovadoras.
Entre as diferentes abordagens para o tema, podemos citar os seguintes conceitos ou subáreas de pesquisa: inovação no setor público sob uma abordagem de serviços; inovação em políticas públicas; plataformas e arenas de cocriação de soluções inovadoras para problemas públicos; laboratórios de inovação pública; redes e processos colaborativos de inovação; inovação pública e governança colaborativa; transformação digital em governo; metodologias para a inovação; inovação aberta pública; capacidade estatal para a inovação; experimentalismo e a importância do erro no processo inovador; avaliação de processos, serviços e políticas públicas inovadoras.
Esperamos receber tanto ensaios teóricos como estudos empíricos. Os artigos podem ter como foco primário teorias diretamente ligadas à discussão sobre inovação bem como dialogar com outras correntes teóricas do campo público ampliado.
Inovação pública; co-criação; valor público; políticas públicas inovadoras
Magnus Luiz Emmendoerfer: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Daniela Meirelles Andrade: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras) - (PPGAP / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Ana Maria Santos: (Administração Pública / ISCSP-ULisboa)
As organizações do setor público têm, paulatinamente, adotado práticas de mudança organizacional e expressões que remetem ao empreendedorismo, visando contribuir com sua eficiência para mitigar problemas públicos e gerar valor social para a comunidade e seu entorno. Adicionalmente, observa-se esforços e condutas colaborativas para além do setor público,
envolvendo indivíduos e organizações para cocriarem projetos e soluções para o bem comum ou de uma determinada
comunidade. Assim, o tema Empreendedorismo no Setor Público busca congregar pesquisadores e fortalecer o fomento de
agendas de investigação inter(multi)disciplinares e produções teórico-conceituais a partir de estudos nacionais e em
perspectiva comparada internacional, por meio de ações colaborativas e em rede, as quais ainda são, em sua maioria, difusas
e carentes de um lócus profícuo para debates e avanços. Espera-se receber trabalhos com diferentes epistemológicas e métodos que abordem sobre:
Políticas Públicas de Empreendedorismo; Intraempreendedorismo Público; Orientação e Ação Empreendedora; Empreendedor de Políticas Públicas; Estado Empreendedor e Desenvolvimento Sustentável
Verônica Macário de Oliveira: (. / Universidade Federal de Campina Grande) - (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
Jeová Torres Silva Júnior: (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Gestão Social - PDGS / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Estudos recentes sobre gestão social apontam que sua definição busca incorporar aspectos relacionados aos espaços de cidadania, relações interorganizacionais e administração pública. A proposta é incorporar a gestão social na prática comunitária, mostrando seu potencial para se desenvolver em contextos diversos.
Considera-se, portanto, que as interfaces entre Gestão Pública e Gestão Social discutem as interseções e distinções teórico-metodológicas, bem como as práticas entre gestão social, administração pública e desenvolvimento. Na democracia participativa espera-se uma relação mais estreita entre o Estado e a sociedade cujo protagonista deixa de ser o Estado que passa a intermediar as discussões e deliberações com os vários atores da sociedade civil. Nessa vertente e, sobretudo, considerando os desafios do atual contexto político e social do país, torna-se relevante a proposição de artigos que envolvam pesquisas sobre: Gestão social, governança e políticas públicas. Gestão Social, transparência e accountability. Gestão Social e coprodução de bens públicos. Gestão social em programas e projetos de desenvolvimento sustentável - dimensões social, ambiental e territorial. Gestão Social em políticas culturais. Gestão de políticas sociais: desigualdade, justiça e democracia. Inovação social, ação coletiva e cooperação para o bem comum. Cidadania ativa, participação e ação pública. Gestão social e controle social em ambientes públicos coletivos: fóruns, colegiados e conselhos.
A proposta desse tema é explorar pesquisas acadêmicas que busquem contribuir com o avanço teórico e empíricos nas interfaces entre Gestão Social e Gestão Pública – com modelos teóricos e conceituais, bem como com aplicações empíricas que busquem analisar exemplos pragmáticos.
Gestão Social; Desenvolvimento; Gestão Pública; Democracia Participativa; Abordagem Sociopolítica na Gestão Pública
Josiel Lopes Valadares: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Stephanie Ingrid Souza Barboza: (rograma de Pós-graduação em Gestão Pública e Cooperação Internacional / UFPB - Universidade Federal da Paraíba)
No contexto da administração pública no Brasil, a discussão de matrizes ontológicas e epistemológicas, tem sido levantada no intuito de relatar a importância de compreensão do campo por um olhar multifacetado. Especificamente existe a necessidade de se pensar novos caminhos metateóricos pouco explorados tendo como inspiração referenciais diversos na análise das novas demandas da administração pública contemporânea. Há ainda uma escassez de trabalhos que utilizam abordagens críticas, hermenêuticas e fenomenológicas – aqui especificamente a teoria crítica como norteadora dos estudos na administração pública. Diante deste contexto, este tema, propõe-se fortalecer uma agenda de pesquisas que debata o fortalecimento teórico do campo da administração pública para além da perspectiva empírica. Busca-se, sobretudo fortalecer uma investigação disciplinar, interdisciplinar e/ou multidisciplinar na administração pública. São bem vindas propostas de trabalho que visem articular a administração pública tanto em âmbito técnico, quanto na perspectiva política, social e cultural. Assim, o tema volta-se ao debate sobre os fundamentos teóricos multi/interdisciplinares da administração pública. Processo de construção, delineamento e desenvolvimento do campo da administração pública do ponto de vista ontológico, epistemológico e metodológico. Paradigmas e modelos de gestão pública. Discussões sobre as abordagens teóricas que incidem na reflexão e análise dos objetos de estudo do campo: correntes do institucionalismo, nova gestão pública, novo serviço público, governança pública, entre outras. Estudos sobre as perspectivas metodológicas na pesquisa em administração pública
Paradigma; Conhecimento; Episteme
Frederico José Lustosa da Costa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Luciana de Oliveira Miranda: (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública - FUP/UnB / UnB - Universidade de Brasília)
Vânia Aparecida Rezende:
Nos últimos anos, na esteira da celebração de várias efemérides importantes, como os 200 anos da transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro e os 130 anos de República, ao lado de iniciativas mais perenes, surgiram esforços pontuais (mas significativos) que atestam a renovação do interesse pelos estudos históricos no campo da administração pública. Assim, diversas publicações recentes vêm se juntar à vigorosa produção historiográfica que vicejou na área até a década de 1980.
É verdade, que estamos longe do vigor da produção acadêmica de ensaios e livros didáticos dos anos 1950, 1960 e 1970. Mas, em 2019, a República completou 130 anos e no próximo 2022, o Brasil vai comemorar 200 anos de Independência. Certamente, o interesse pelo tema vai crescer e suscitar a valorização da produção intelectual no campo.
Por ouro lado, pouco se avançou no sentido de incorporar a essa produção historiográfica as principais conquistas da historiografia contemporânea. Com efeito, a maioria dos trabalhos recentes que vieram contribuir para renovação do campo pouco contribuiu para a superação das limitações indicadas pela crítica que se dirigia à monumental História Administrativa do Brasil, iniciada pelo DASP ainda nos anos 1950.
A redescoberta da importância do conhecimento histórico e da influência mútua entre países no campo da Administração Pública deve vir acompanhada da renovação de temas, fontes e métodos de pesquisa, com a produção de dissertações, artigos e livros que discutem as transformações do Estado e da Administração Pública brasileira em perspectiva histórica e comparada. Há muito o que discutir sobre esse processo, sobretudo no atual momento da vida brasileira em que todos as instituições estão em causa. Como já disse Unamuno, precisamos conhecer a história para evitar repeti-la. Nem como tragédia nem como farsa.
O tema acolhe trabalhos que resgatem a memória da Administração Pública brasileira.
História Administrativa; Memória da Administração Pública; Estudos comparados; Trajetória e desenvolvimento da Administração Pública
ELINALDO LEAL SANTOS: (Rede de Pesquisa em Administração Política (EA_UFBA/UESB) / Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB))
ELIZABETH MATOS RIBEIRO: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia) - (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
MONICA MATOS RIBEIRO: (Mestrado em Direito, Governança e Políticas Públicas / UNIFACS - Universidade Salvador)
A Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (EAUFBA) é pioneira na discussão sobre administração política no País. História essa que tem origem nas contribuições de João Ubaldo Ribeiro, quando exerceu a cátedra da disciplina Ciência Política na EAUFBA, no trabalho seminal Política e Administração (1969), (re)publicado em 2006 pelo periódico Organizações & Sociedade. A discussão ganha consistência com a tese defendida por Reginaldo Souza Santos no Instituto de Economia da UNICAMP (1991) e com o artigo Administração Política Brasileira (1993), publicado na Revista de Administração Pública. Mas, é nos idos dos anos 2000 que a definição de administração política, como campo de conhecimento se destaca na literatura brasileira. A Administração Política, na condição de subcampo da Administração, tem por finalidade científica e profissional, contribuir para que os administradores políticos e profissionais possam se capacitar para observar, descrever, explicar, evidenciar, criticar, normatizar e propor soluções administrativas e organizacionais (no campo da gestão e da gerência) que contribuam, de forma efetiva, para articular as duas dimensões indissociáveis que envolvem os ‘atos e fatos administrativos e organizacionais’ e/ou as ‘práticas e saberes administrativos e organizacionais’, através da integração entre o ‘Pensar e o Agir’; entre a dimensão política da gestão e a dimensão técnico-operacional da gerência. O tema proposto objetiva abrir espaço para a apresentação e discussão de estudos voltados para a análise dos modelos de gestão do desenvolvimento de correntes teóricas diversas como o estruturalismo, o pós-estruturalismo, o multiculturalismo e o pós-colonialismo (Desenvolvimentismo Cepalino, Neoliberalismo, Novo-Desenvolvimentismo, Pós-Desenvolvimentismo, etc.), de modo a evidenciar as implicações dos modelos no cotidiano dos indivíduos, das organizações e da sociedade; bem como de estudos dirigidos à análise e/ou avaliação dos efeitos da Administração Política Brasileira sobre a distribuição da riqueza e da renda social.
Administração; Administração Política; Administração Política Brasileira; Pensamento e Práticas em Gestão; Pensamento Administrativo Brasileiro
Maria Elisa Huber Pessina: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UNIFACS - Universidade Salvador) - (Graduação em Administração / UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana)
Ives Romero Tavares do Nascimento: (Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) e Programa Profissional em Administração Pública (Profiap) / Universidade Federal do Cariri) - (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Gestão Social (PDGS) / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Thiago Lima: (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública e Cooperação Internacional / UFPB - Universidade Federal da Paraíba)
Elencamos como objetivo principal tratar das interfaces, diálogos e convergências entre a Administração e os estudos acerca do internacional. Parte-se da premissa de que no plano global e das relações inter/supranacionais, localizam-se fenômenos sociais que se relacionam profundamente com os objetos de estudo da Administração, desde as empresas, o Estado, as políticas públicas, a gestão e sustentabilidade de organizações da sociedade civil ou o próprio manejo dos modos de desenvolvimento e produção capitalistas, entre outros. São investigações nessa natureza que o tema que aqui se propõe pretende reunir.
Nesse contexto, é importante registrar o quanto a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ganharam força e vem direcionando a atuação de governos, Organizações da Sociedade Civil (OSC) e do mercado em todo o mundo.
Visamos concentrar trabalhos que abordem (i) organizações supranacionais, internacionais ou multinacionais, (ii) cooperação internacional, suas agendas, gestão, discussão da eficácia e implicações na gestão pública, social e de empresa local, (iii) governança internacional, (iv) internacionalização do capital, sistema-mundo e economia mundo, (v) relação entre agendas internacionais para o desenvolvimento e políticas públicas locais, (vi) organizações da sociedade civil transnacional, (vii) cadeias produtivas globais, (viii) geopolítica e geoestratégia da empresa, (ix) Agenda 2030 e engajamento do setor privado, (x) Cooperação Sul-Sul e Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional (Cobradi): gestão, atores e políticas. Serão bem vindos ainda resultados de investigações sobre outros fenômenos internacionais associados à área, mas que não tenham sido mencionados.
Organizações Internacionais; Cooperação Internacional para o Desenvolvimento; Internacionalização de Capital; Mundialização; Objetivos do Desenvolvimento Sustentável