Keysa Manuela Cunha de Mascena: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
Clarice Secches Kogut: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Fábio Lotti Oliva: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Mestr Prof em Empreendedorismo - MPE/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
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Lattes: http://lattes.cnpq.br/3925148944374007
Professor do PPGAd/CCSA/FURB.
Adilson Caldeira: (Programa de Pós Graduação em Administração do Desenvolvimento de Negócios / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Peter Kelle: (Entrepreneurship and Information Systems / Louisiana State University)
Jefferson Luiz Bution: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
As organizações estão sujeitas à possibilidade de não atingirem seus objetivos e de falharem na execução de suas estratégias. A Gestão de Riscos Corporativos gerencia os riscos que podem impactar a organização, proporcionando uma segurança razoável de que seus objetivos serão alcançados, em conformidade com seu apetite ao risco. O tema se alinha à divisão acadêmica “Estratégia em Organizações” porque contribui de forma significativa para a implementação eficaz da estratégia organizacional, para o desenvolvimento sustentável das organizações, para a preparação e gestão de crises, para o aumento da confiança dos stakeholders e, consequentemente, para o incremento do valor dos negócios. Abrange uma ampla gama de riscos, como riscos estratégicos, operacionais, políticos, econômicos, naturais, financeiros, de imagem, cibernéticos, entre outros. De maneira integrada, a gestão de riscos corporativos complementa a gestão estratégica, sendo sujeita à avaliação do desempenho organizacional, mensurável, entre outras formas, por meio do Balanced Scorecard.
Além disso, ultrapassa as fronteiras internas da organização, pois os riscos são amplificados à medida que a organização estabelece relações com outros agentes no ambiente de negócios. Nesse cenário, caracterizado por volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, a gestão de riscos corporativos torna-se uma ferramenta essencial para sustentar os princípios da governança corporativa, gerando maior confiança nas relações com stakeholders. Finalmente, o tema explora as conexões entre estratégia, riscos, crises, desempenho e governança, de forma ampla. Exemplos de tópicos de pesquisa são de gestão de riscos associada a:
- Modelos de negócios;
- Gestão Estratégica dos Negócios;
- Desempenho Organizacional;
- Governança Corporativa;
- Crises Corporativas;
- Apetite a Riscos;
- Cultura organizacional;
- Cadeia de Valor;
- Gestão da Inovação;
- Gestão dos Negócios Digitais;
- Negócios Internacionais;
- Setor Público;
- Startups;
- Outros temas relacionas à Gestão de Riscos Corporativos.
Gestão de Riscos; Gestão Estratégica; Desempenho Organizacional; Governança Corporativa; Gestão de Crises
Heidy Rodriguez Ramos: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Programa de Pós-Graduação em Cidades Inteligentes e Sustentáveis / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Marcelo Roger Meneghatti: (Mestr Prof em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplicadas / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
Vanessa Vasconcelos Scazziota: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
A intersecção entre estratégia e empreendedorismo é um campo de investigação que reflete como empresas nascentes ou incumbentes respondem à incerteza, ambiguidade e mudanças aceleradas (Ott & Eisenhardt, 2020). Enquanto a estratégia se concentra na criação de vantagens competitivas sustentáveis, o empreendedorismo abrange a criação ou expansão de negócios em novos mercados ou inovações (Davidsson, 2016). Nesse contexto, a estratégia empreendedora pode ser compreendida como a formulação de planos de ação flexíveis e orientados para a aprendizagem prática, como nas abordagens de Effectuation (Sarasvathy, 2008) e Bricolage (Baker & Nelson, 2005), que valorizam a adaptação contínua. Outros exemplos enfatizam a cognição como um elemento essencial na formulação estratégica em busca de vantagens competitivas sustentáveis, como evidenciado na literatura sobre cognição gerencial e capacidades dinâmicas (Helfat & Peteraf, 2015). Assim, esta linha temática explora como empreendedores e empresas estabelecidas equilibram a flexibilidade para inovar com a disciplina da formulação estratégica (Ott et al., 2017), focando em como conceitos tradicionais de estratégia oferecem novas perspectivas para o empreendedorismo, especialmente em cenários de alta competitividade ou crise.
Campos emergentes, como o empreendedorismo rural e artesanal, ganham destaque, especialmente no contexto de modelos de negócios regenerativos para o desenvolvimento local, pois oferecem perspectivas únicas sobre como empreendedores podem criar valor econômico e social em contextos peculiares (Hunt et al., 2021; Sirmon et al., 2022).
Temáticas de interesse incluem:
Empreendedorismo; Empreendedorismo Estratégico; Comportamento Empreendedor; Empreendedorismo Sustentável
RENATO TELLES: (Prog de Pós-Grad em Admin / USCS - Universidade Municipal de São Caetano do Sul) - (Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
Douglas Wegner: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Nuno Rafael Barros de Oliveira: (Organization Studies / Tilburg University)
Movimentos colaborativos, que promovem o compartilhamento de recursos e desenvolvimento de inovações tecnológicas e sociais, tornaram-se opções estratégicas relevantes para as organizações em face a aceleração de avanços tecnológicos e mudanças sociais neste século. A competitividade de empresas, instituições e organizações do terceiro setor, demanda continuamente o acesso a novos recursos, conhecimentos e capacidade de inovação. Estratégias e movimentos colaborativos se materializam em diferentes estruturas e níveis de formalização, compreendendo parcerias, alianças, redes, plataformas digitais e ecossistemas de negócios. Progressivamente, verificam-se atores privados, públicos e da sociedade civil se articulando para propor/implementar soluções conjuntas com seus stakeholders. O presente tema objetiva reunir acadêmicos e praticantes interessados no avanço da compreensão de estratégias, políticas e ações que organizações de diferentes naturezas, por meio de interação, colaboração e cooperação, consideram no alcance de objetivos individuais e coletivos, envolvendo formatos como ecossistemas, plataformas, redes e clusters de negócios. Os debates se concentram em torno dos antecedentes, processos e resultados de estratégias e movimentos, em especial, governança e orquestração da colaboração, competências e capabilities necessárias para a colaboração e arranjos inovadores de atuação em redes, clusters, plataformas digitais e ecossistemas. Diferentes lentes teóricas podem ser utilizadas, compreendendo desde teorias tradicionais, focadas em custos de transação e recursos, até abordagens teóricas mais recentes como a Visão Relacional e a Governança Colaborativa. Estudos empíricos e ensaios teóricos são bem-vindos, gerando provocações, aprofundamentos e insights para o desenvolvimento do campo. Considerando o escopo apresentado, possíveis temas para envio de submissões incluem:
Ecossistemas de negócios e plataformas digitais; Redes de negócios; Clusters de negócios; Governança, gestão e orquestração de relações interorganizacionais; Desenvolvimento local e regional
Benny Kramer Costa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Depto de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicações e Artes / USP - Universidade de São Paulo)
Thiago de Luca Santana Ribeiro: (Gestão e negócios / FATEC - SP)
A criação e cocriação de valor tem ganho espaços nos estudos e práticas da gestão estratégica nos últimos anos, com aplicações em setores específicos da economia e sociedade, e mais recentemente pela sua consideração em relação a dinâmicas de trabalho, estruturas sociais e digitais, e em ecossistemas de negócios, remodeladas pela ascensão e uso da inteligência artificial. Nesse sentido, a cultura por dados vem evoluindo e proporcionando trocas entre stakeholders e entre estes e as organizações, criando ou cocriando valor, e formando verdadeiros ecossistemas phygitals, com uso de instrumentos da cultura do artificial, gerando ganhos que são apropriados por diversos atores. Nessa perspectiva, estudos que evidenciam o valor, sob as formas da criação, cocriação, distribuição e captura, envolvendo multi-stakeholders, processos de criação e trocas de dados, formação de ecossistemas phygitals e uso da IA, bem como as conexões e implicações entre estes elementos mais recentemente. A discussão sobre valor criado e cocriado, decisões baseadas em dados, uso da IA em decisões, e formação de ecossistemas phygitals, vêm se tornando centrais na estratégia. Entender como o valor é criado, cocriado e distribuído pelas organizações; como os dados são capturados, criados, trabalhados e alimentados nas decisões estratégicas; como a IA apoia estes processos estratégicos; e como estas transformações se conectam em ecossistemas phygitals, vêm se constituindo como grandes desafios contemporâneos na estratégia.
Os temas que abordam essas questões incluem:
Criação de valor; Cocriação de Valor; Inteligência Artificial; Ecosistema Phygital; Dados
Rosalia Aldraci Barbosa Lavarda: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Maria Elisa Brandão Bernardes: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
CHRISTIANE FERREIRA BELLUCCI: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
A “Estratégia Aberta” (Open Strategy) tem ganhado destaque ao promover processos de estratégia mais inclusivos e transparentes (Whittington et al., 2011). A Estratégia Aberta, definida como um “conjunto dinâmico de práticas que oferece maior transparência e/ou inclusão estratégica aos atores internos e externos” (Hautz et al. 2017, 299). Neste sentido, este tema possui especial interesse em discutir aproximações que endereçam, por diferentes lentes, as mudanças no fazer estratégico a partir deste processo de abertura. Dentre alguns temas que podem ser discutidos a partir do processo de abertura, destacam-se: (i) formas e variações organizativas para o fazer estratégico, como inovação, diferentes práticas e graus de abertura (Splitter et al., 2023); (ii) dinâmicas de abertura, como a evolução do processo de abertura ao longo do tempo, e a dinâmica abertura-fechamento; (iii) novos papéis e atores, os quais demandam novas funções e responsabilidades que emergem da inclusão desses atores; (iv) poder, como as mudanças nas relações de poder dentro da organização; (iv) práticas colaborativas, como a horizontalização no processo de formulação e a democratização do fazer estratégico; (v) discurso e materialidade, como as alterações sócio materiais para mobilização da abertura (Seidl, Von Krogh, Whittington, 2019, Stadler et al., 2021, Dobusch et al., 2024, Heinzen et al., 2024). A abertura da estratégia pode ser estudada como uma mudança de abertura da sociedade (openess), e envolver temas como: governo aberto, inovação aberta, ciência aberta, e outros (Seidl et al., 2019). Por fim, destaca-se que a abertura pode gerar uma mudança significativa nas práticas estratégicas (Luedicke et al., 2017), oferecer oportunidades para conversas interdisciplinares (Splitter et al., 2023), explorar os efeitos éticos da realização estratégica e da performatividade da própria abertura e suas relações com os grandes desafios contemporâneos (Mair, et al., 2023, Zanoni et al., 2024).
estratégia aberta; paradoxo de abertura; sociomaterialidade; inovação aberta; grandes desafios globais
SILVIO POPADIUK: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
SUZANA GILIOLI DA COSTA NUNES: (GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS / UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS)
Pedro Miguel Lopes Mota Veiga:
O capital social é um conjunto de redes, relações e normas que possibilitam a colaboração e a confiança entre indivíduos e grupos. Desempenha um papel essencial na facilitação da troca de informações, recursos e apoio social, contribuindo para o desenvolvimento pessoal, grupal, comunitário, organizacional (Nahapiet & Ghoshal, 2009), (Khan et al., 2021)
A ambidestria é a capacidade de uma organização de explorar novas oportunidades enquanto explota (exploitation) as suas operações existentes. Essa dualidade permite um equilíbrio entre inovação e eficiência, essencial para a adaptação e o sucesso em ambientes de negócios dinâmicos e competitivos e contribuindo para a geração de inovações de processo, produtos, serviços. (Mom et al., 2019),(Popadiuk et al., 2018)
Redes de conhecimento referem-se a grupos de indivíduos ou organizações que compartilham informações, experiências e habilidades. Elas facilitam a troca de saberes e a colaboração, promovendo a inovação e o aprendizado contínuo, essenciais para o desenvolvimento e a competitividade em ambientes dinâmicos.(Bao et al., 2012)(Zheng & Huang, 2020)
Com este tema poderão ser investigadas inter-relações entre o capital social, ambidestria e redes de conhecimento sob enfoques individuais, equipes, organizacionais ou Inter organizacionais. A combinação desses elementos cria um ambiente propício à inovação contínua e à resiliência organizacional. Algumas sugestões de tema são apresentadas na sequência.
Capital social; Ambidestria; Redes de conhecimento
João Maurício Gama Boaventura: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Programa de Pós-Graduação em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
Simone Ruchdi Barakat: (Progr de Mestr Prof em Admin / FECAP - Centro Universitário FECAP)
Ronaldo de Oliveira Santos Jhunior: (Programa Eixos Temáticos USP / Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP))
O gerenciamento estratégico das organizações envolve uma ampla gama de stakeholders, os quais são conceituados como grupos ou indivíduos que afetam ou são afetados pela organização na busca por seus objetivos (Freeman, 1984). Entender o relacionamento com esses atores e sua influência em diversos resultados organizacionais tem ganhado destaque na literatura de gestão devido ao seu potencial para criar vantagem competitiva (Barney and Harisson, 2020; Boaventura et al., 2020; Harrison, Bosse and Phillips, 2010). Tendo em vista contemplar os avanços teóricos e empíricos acerca da gestão de stakeholders, o tema aborda estudos que buscam compreender como as estratégias de stakeholders são formuladas e implementadas, como a gestão pode contribuir com as dimensões ESG ao longo de sua rede de stakeholders e como as organizações podem melhorar seu desempenho frente às diversas e, muitas vezes, conflitantes demandas dos stakeholders. As pesquisas nessa temática contemplam diferentes contextos (empresas privadas, organizações públicas e sem fins lucrativos) e níveis de análise (individual, organizacional e institucional) sobre as seguintes temáticas:
- Teoria dos Stakeholders
- Estratégia para Stakeholders
- Cooperação, Envolvimento e Engajamento de Stakeholders
- Stakeholders e Responsabilidade Social Corporativa
- Stakeholders e Governança Corporativa
- Stakeholders e Gestão de Projetos
- Recursos e Capacidades Organizacionais para a Gestão de Stakeholders
- Microfundamentos da Teoria dos Stakeholders
- Rede de Stakeholders
- Valor para Stakeholders
- Desempenho para Stakeholders
Gestão de Stakeholders; Teoria dos Stakeholders; Engajamento de Stakeholders; Desempenho
Fernando Antonio Ribeiro Serra: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
FELLIPE SILVA MARTINS: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Nairana Radtke Caneppele: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin - CMAA / FNH - Centro Universitário Unihorizontes)
O tema Estratégia Comportamental permite estudar as ações humanas que afetam as decisões estratégicas nas organizações pela análise de aspectos como motivação humana, pensamento, cognição, emoções, decisões e interações sociais, considerando as redes, cultura e sistemas organizacionais. Esse tema une conhecimentos das mais diversas áreas com ciências sociais, e essa abordagem oferece uma visão mais realista do comportamento humano no contexto estratégico. Entender como líderes e equipes tomam decisões melhora a efetividade da estratégia, aumenta a eficiência das decisões e reduz riscos nas organizações. O diferencial está no entendimento de que a tomada de decisão e outros aspectos comportamentais são intensamente influenciados pelo contexto - isto é, como as decisões são tomadas na prática e não como deveriam ser tomadas na teoria. As implicações da Estratégia Comportamental podem ir muito além do mundo dos negócios. A pesquisa nessa área pode melhorar o desempenho em diversos setores das empresas, tornando seus processos mais ágeis e aumentando a competitividade. Sob a ótica social, esse campo de estudo pode ajudar a melhorar a gestão de pessoas, criar ambientes de trabalho mais colaborativos e aumentar a satisfação dos funcionários, tornando as empresas mais adaptadas às mudanças e necessidades atuais. Esta proposta justifica-se por promover a interação entre diferentes bases teóricas e metodológicas, refletindo a complexidade e o dinamismo da pesquisa em estratégia comportamental.
Estratégia Comportamental; Tomada de Decisão; Gestão Estratégica; Psicologia cognitiva; Psicologia social
Marcos Cohen: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Flavio Hourneaux Junior: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Annelise Vendramini da Silva Caridade: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
É senso comum que a estratégia é fundamental para uma empresa obter vantagens competitivas, ser reconhecida em seu setor de atividade e se manter em operação por muitos anos. No entanto, com a crescente importância de temas de natureza social e ambiental, em escala global, a forma tradicional como se tratar a estratégia parece ser insuficiente. Para enfrentar os chamados Grandes Desafios (Grand Challenges), como proposto pela ONU em sua Agenda 2030 (p.ex.: combate à pobreza, à fome, às mudanças climáticas, à desigualdade etc.). Assim, este tema aborda as teorias, conceitos e práticas relacionadas aos processos de concepção, implementação e avaliação das estratégias com vistas à sustentabilidade em organizações públicas, privadas ou do terceiro setor, assim como os desafios estratégicos da transição das organizações rumo à sustentabilidade. Os tópicos abrangidos são: estratégias competitivas e colaborativas para o alcance da sustentabilidade socioambiental das organizações; sustentabilidade incorporada às estratégias de negócio; projetos estratégicos sustentáveis; criação de valor sustentável para os múltiplos stakeholders das organizações por meio de conceitos como Responsabilidade Social Corporativa. Inovação Social Corporativa e Valor Compartilhado; estratégias funcionais sustentáveis; gestão estratégica da sustentabilidade na cadeia de valor; estratégias para implantação de ecoparques industriais e da economia circular. Busca-se estimular, também, a discussão dos fatores motivadores e limitantes da adaptação das empresas, mudanças nas rotinas e o desenvolvimento de capacidades dinâmicas sociais e ambientais. Adicionalmente, são encorajadas pesquisas sobre modelos de mensuração da sustentabilidade e do desempenho socioambiental; sistema de controle da sustentabilidade; balanced scorecard sustentável; abordagens do Triple Bottom Line e ESG (Environment, Social and Governance) e indicadores relativos aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Sustentabilidade organizacional; Estratégias socioambientais; Responsabilidade Social Corporativa (RSC); Tripé da Sustentabilidade; ASG (Ambiental, Social e Governança)
Fernando Deodato Domingos: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Claudio Jose Oliveira dos Reis: (Núcleo Docente de Administração / UFOB - Universidade Federal do Oeste da Bahia)
OCTAVIO AUGUSTO DARCIE DE BARROS: (Pós-doutorado / HEC Paris) - (Doutorado em Economia de Negócios / Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa)
A literatura em Estratégia de Stakeholders tem ganhado relevância em um cenário onde organizações enfrentam desafios complexos e intersetoriais. Em particular, parcerias entre o setor público, privado e formas organizacionais híbridas emergem como mecanismos essenciais para geração e alocação de valor social. Essas parcerias são baseadas em estruturas de governança que integram diferentes capacidades e recursos dos diversos stakeholders envolvidos. O presente tema visa explorar as diversas dimensões relacionadas ao potencial de criação de valor proveniente de estratégias de gestão de stakeholders, incluindo parcerias entre setores, licitações, interações com comunidades e iniciativas de impacto social.
Em um ambiente onde o impacto social está cada vez mais sendo considerado um indicador-chave de sucesso organizacional, explorar estratégias que envolvam múltiplos stakeholders se torna fundamental. O tema consiste em uma questão central nas discussões sobre como empresas, governos e organizações da sociedade civil (por exemplo: entidades sem fins lucrativos, institutos, ONGs e academia) podem colaborar para enfrentar desafios sociais e ambientais de larga escala, como a pobreza, a desigualdade, diferentes tipos de vulnerabilidade e as mudanças climáticas.
Em paralelo, o avanço da literatura em gestão de stakeholders tem contribuído para uma melhor compreensão da dinâmica de atuação, colaborativa ou competitiva, entre diferentes formas de organização, como empresas com ou sem fins lucrativos, e como essas interações podem ser alavancadas para enfrentar os chamados "grandes desafios sociais" (grand societal challenges). Assim, o estudo das parcerias e suas estruturas de governança não apenas contribui para o campo acadêmico, mas também oferece insights práticos para gestores que buscam promover o desenvolvimento sustentável.
Gestão de stakeholders; Parcerias entre setores; Organizações híbridas; Comunidades desfavorecidas; Impacto social
Eduardo Guedes Villar: (Dep. de Ensino / INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA) - (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Natália Rese: (Prog. de Pós-Graduação em Administração/PPGADM / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Samir Adamoglu de Oliveira: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFPB - Universidade Federal da Paraíba) - (IBEPES / Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Sociais – IBEPES)
A partir do conceito de strategizing, o fazer estratégia ganhou novos contornos, sendo compreendido como uma prática socialmente constituída (Vaara & Whittington, 2012). Essa compreensão trouxe para o campo de estudos a possibilidade de diálogos do entendimento de estratégia com diferentes perspectivas do campo do management, das organizações, da teoria social e estudos de linguagem (Prashantham, Healey, 2022, Golsorkhi, et al., 2024). Entendemos que a estratégia é realizada em um nível micro, mas, também carrega os significados, ferramentas, discursos, valores, que são compartilhados em nível macro (Golsorkhi et al., 2024). Diante dessa discussão, o fenômeno da estratégia pode ser compreendido a partir de: (i) diversas abordagens onto-epistemológicas; (ii) diferentes teorias e concepções sociológicas e organizacionais que possibilitam interpretar a estratégia como um fenômeno construído na e pela linguagem; (iii) procedimentos metodológicos e aproximações não-tradicionais. Portanto, o foco situado e voltado ao que as pessoas fazem ao se envolver no strategizing permite que essa temática busque compreender fenômenos e diálogos atuais/contemporâneos (Gond, Cabantous, & Krikorian, 2018; Seidl et al., 2024). A partir da proposta de revigorar os estudos em estratégia (Rouleau & Cloutier, 2022), encorajam-se pesquisas que enderecem olhares inovadores sobre o fenômeno, particularmente pensando nos desafios de pensar a estratégia como prática sem perder o lastro com as discussões teóricas que sustentam a sua natureza social), ao mesmo tempo em que não percam de vista o que se entende por estratégia ou estratégico em organizações (Jarzabkowski et al, 2021; Seidl et al., 2024). Por fim, buscam-se trabalhos que possam desafiar os modos utilitários-intencionais que vem sustentando historicamente esse fazer (Chia & Holt, 2023), mas que têm produzido consequências não intencionais de difícil sustentação, como desastres, má conduta, crimes organizacionais, ou que possam olhar a estratégia a partir do contexto local (Da Costa Jr. Et al., 2023, Villar et al., 2025).
strategizing; práticas sociais; linguagem; abordagens sociológicas; praticante
Isabel Cristina Scafuto: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Sérgio Henrique Arruda Cavalcante Forte: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
O uso de projetos dentro das organizações tem crescido significativamente com o objetivo de alcançar metas estratégicas e operacionais (Papke-Shields and Boyer-Wright, 2017). No entanto, apesar dos avanços nas práticas de gestão de projetos, a entrega de resultados que suportem desafios estratégicos continua sendo um desafio complexo para muitas organizações (Meredith and Zwikael, 2020).
O foco das pesquisas tem sido a gestão estratégica de projetos e o papel dos gerentes de projeto nesse contexto, especialmente diante de uma competição acelerada, pressões institucionais e rápidas mudanças tecnológicas. O alinhamento dos projetos com a estratégia empresarial é visto como uma forma de criar valor e gerar vantagem competitiva (Patanakul and Shenhar, 2012). Para isso, a gestão estratégica de projetos combina metodologias de gestão de projetos e estratégia, impulsionando benefícios organizacionais e otimizando a seleção de projetos que realmente se alinhem com os objetivos da organização (Quezada et al., 2022).
Além disso, o gerenciamento de portfólios desempenha um papel importante ao auxiliar as organizações na priorização e escolha de projetos que estejam alinhados com os objetivos estratégicos, contribuindo para a avaliação, seleção e execução dos projetos mais relevantes (Martinsuo & Anttila, 2022). Essa abordagem estratégica na gestão de portfólios pode ser aprimorada pela adoção de técnicas modernas de visualização de conhecimento, que apoiam a tomada de decisões em ambientes complexos e incertos (Martinsuo & Anttila, 2022).
Apesar dessas contribuições, ainda se sabe pouco sobre o impacto dos projetos nos resultados organizacionais, especialmente na escolha de portfólios estratégicos e sua conexão com a gestão de projetos. Assim, propomos a submissão de estudos que avancem na compreensão dessa relação entre estratégias e projetos, explorando, mas não se limitando, abordagens como Governança em Projetos, Metodologias Ágeis e Tradicionais, Inovação, Aprendizagem, Conhecimento, e Valor Estratégico.
Estratégias; Projetos; Gestão; Vantagem competitiva
Cláudia Sofia Frias Pinto: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Manuel Anibal Silva Portugal Vasconcelos Ferreira: (Departamento de Gestão e Economia / ESTG - Instituto Politécnico de Leiria)
CRISTINA LELIS LEAL CALEGARIO: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Este tema foca as questões de estratégia global e negócios internacionais. Incluem-se as pesquisas sobre internacionalização, modos de entrada, localização, estratégias e tomada de decisão nas multinacionais, subsidiárias, inovação internacional, fluxos de conhecimento globais, interação entre o ambiente global e as empresas, estudos comparativos em diferentes países, economias emergentes, internacionalização de e para a América Latina, cadeia de valor global, atuação subnacional, as diversas componentes do ambiente internacional de negócios, empreendedorismo internacional, entre outros assuntos, usando as teorias disponíveis. Buscamos também pesquisas que abordem os novos aspetos globais como a internacionalização na era digital, ecossistemas digitais, novas estruturas organizacionais, novos modelos de negócio, (de)globalização, entre outros.
O tema busca trabalhos que abordam assuntos como os seguintes, não estando restrita a estes:
- Estratégias globais e estruturas nas empresas multinacionais.
- Competição global, multinacionais e subsidiárias.
- A produção internacional e a cadeia de valor global.
- Transferência de tecnologia e conhecimento e inovação internacional.
- Como o ambiente internacional (p.ex., cultural, econômico, legal, politico) influencia as atividades, estratégias, estruturas e processos de tomada de decisão das multinacionais.
- A influência do ambiente politico, legal e regulatório na internacionalização e suas disfunções.
- O ambiente institucional e os negócios internacionais.
- A influência do governo e conexões na internacionalização e nas estratégias das empresas globais.
- Decisões de localização internacional e subnacional.
- CEOs, top management team e tomada de decisão nas multinacionais.
- Estudos sobre os modos de entrada (exportação, alianças estratégicas, aquisições).
- Estudos comparativos em diferentes países e ambientes institucionais.
- A internacionalização envolvendo mercados emergentes, multinacionais emergentes e (des)vantagens internacionais.
- Como a transformação digital e/ou inteligência artificial influenciam as estratégias de internacionalização e os negócios das empresas.
- A digitalização e novos modelos de negócio na internacionalização.
estratégia global; negócios internacionais; internacionalização; multinacionais
Carmen Pires Migueles: (Mest Executivo em Gestão Empresarial / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas)
Cinara Gambirage: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplic – PPGAd/CCSA / FURB - Universidade Regional de Blumenau) - (. / .)
Organizações que operam em contextos extremos têm se tornado cada vez mais relevantes nos últimos anos devido ao aumento da frequência e intensidade de desastres relacionados ao clima e às perturbações tecnológicas. Essas organizações, como serviços de emergência, unidades militares e operações industriais em ambientes perigosos, são caracterizadas por operações de alto risco e a necessidade de níveis excepcionais de resiliência (Hannah, 2009).
O Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR, 2017) tem estado na vanguarda dos esforços para promover a prevenção de desastres e a implementação do Marco de Sendai (UNDRR, 2015). Um aspecto crítico desses esforços é o desenvolvimento de modelos organizacionais capazes de operar efetivamente em condições extremas. Organizações em contextos extremos podem ser categorizadas em dois grupos principais: aquelas criadas especificamente para responder a situações de alto risco (por exemplo, bombeiros, serviços médicos de emergência) e aquelas cujas operações principais envolvem inerentemente riscos significativos (por exemplo, mineração, petróleo e gás, energia nuclear).
Embora a pesquisa sobre organizações em contextos extremos tenha ganhado impulso, a complexa interação entre segurança e perigo, e confiança e risco, ainda é objeto de investigação contínua (Guiddens, 1990; Beck, Lash, & Wynne, 1992). Como proposto por Hällegren, Rouleau e De Rond (2018), estudar contextos extremos pode fornecer insights valiosos sobre fenômenos organizacionais difíceis de capturar em circunstâncias normais, facilitando o desenvolvimento de estratégias eficazes para prevenção, mitigação e resposta. Migueles e Zanini (2024) mostram os desafios de avançar nessa direção no contexto brasileiro e Zanini, et al (2023) mostra o quanto as comunidades ainda estão vulneráveis a esses riscos.
Contextos Extremos; Segurança; Cultura de Segurança; Resiliência; Gestão de Riscos
Ângela França Versiani: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
ALESSANDRA CASSOL: (Curso de Mestr Prof em Gest e Estrat/Prog de Pós-Grad em Gest e Est/Inst de Ciênc Soc Aplic - MPGE/PPGE/ICSA / UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Guillermo Davila: (Ingeniería de Sistemas / Universidad de Lima)
Historicamente, os estudos de estratégia buscam entender como as organizações respondem às incertezas ambientais (Haarhaus & Liening, 2020). Embora várias perspectivas teóricas expliquem o processo estratégico, abordagens que tratam o conhecimento como um ativo crucial para a competitividade têm ganhado destaque no cenário socioeconômico e acadêmico atual. Ao utilizar teorias de gestão do conhecimento (Grant, 1996), é possível compreender como as organizações criam, integram e aplicam conhecimento (Versiani et al., 2021) para desenvolver capacidades (Teece, 2021), visando a adaptação a ambientes turbulentos ( Wilden et al., 2020).
Estudos sobre como os gestores podem mobilizar e alavancar o conhecimento organizacional para construir vantagens competitivas sustentáveis têm se tornado uma discussão importante na literatura, despertando crescente interesse acadêmico (Rehman et al., 2022; Pütz, Schell & Werner, 2023). A cognição gerencial e os processos organizacionais promovem aprendizado em diversos níveis, facilitando a criação e retenção de novos conhecimentos, práticas e rotinas. A inovação emerge como resultado das capacidades dinâmicas, da aprendizagem e da cognição, gerando valor e diferenciação competitiva (Farzaneh et al., 2022; Cassol et al., 2021). Tecnologias disruptivas, como a IA generativa, trazem desafios e oportunidades diversas nos processos de gestão do conhecimento e no comportamento estratégico das organizações (Dávila et al., 2024).
Esse campo de estudo oferece muitas oportunidades de pesquisa para explorar novas abordagens gerenciais, estratégias inovadoras e os impactos das práticas de gestão do conhecimento na performance organizacional. Investigar as interrelações entre estratégia, conhecimento e inovação pode fornecer insights valiosos para as teorias de estratégia e gestão, além de melhorar as práticas corporativas. Nessa perspectiva, sugerimos explorar como o conhecimento, os processos de aprendizagem e as capacidades dinâmicas contribuem para a renovação estratégica e organizacional, além de investigar a cognição gerencial, as fontes externas de conhecimento e mecanismos de integração para gerar valor, promover inovação e vantagem competitiva.
estratégia; conhecimento; inovação; capacidades dinâmicas; rotinas