A governança corporativa tem ganhado novos contornos em 2025. De acordo com o estudo Tendências de Governança Corporativa 2025, realizado pela Russell Reynolds Associates, 64% das empresas ao redor do mundo afirmam priorizar ações voltadas à diversidade, equidade e inclusão (DEI) em seus Conselhos de Administração — um indicativo claro de que transformações estruturais e culturais estão em curso nas práticas de liderança empresarial.
Mais de 1.200 líderes empresariais e membros de conselhos em 60 países, incluindo o Brasil, participaram da pesquisa, que revela uma mudança de paradigma nas funções dos conselhos. O foco da governança avança da supervisão tradicional para um papel mais estratégico, com ênfase no alinhamento às diretrizes ESG (ambientais, sociais e de governança), inovação e impacto de longo prazo.
No Brasil, os dados indicam um engajamento crescente das organizações com uma governança orientada à ética, à transparência e à sustentabilidade — temas que se tornam ainda mais relevantes em um ano marcado pela realização da COP 30 e pela aproximação de exigências regulatórias como as definidas pela CVM, com prazos até 2027.
Segundo Jacques Sarfatti, sócio-diretor da Russell Reynolds e líder da prática de Avaliação de Conselhos de Administração e CEOs, “a governança em 2025 exigirá que as empresas não só integrem mais diversidade, mas também se comprometam com ações concretas que influenciem positivamente a sociedade e o meio ambiente”.
Entre os destaques do estudo estão a modernização dos conselhos de empresas familiares brasileiras, a criação de comitês voltados à sustentabilidade e à transformação digital, e a adoção de políticas mais rígidas em mercados com regulação ambiental avançada. A governança é vista não apenas como resposta às pressões externas, mas como uma oportunidade para fortalecer a inovação, a competitividade e a geração de valor sustentável.
Fonte: ESG Inside